«Nos termos constitucionais e regimentais, requeiro que, pelo Ministério da Economia, me seja dada informação dos números de engenheiros agrónomos, engenheiros silvicultores, médicos veterinários e regentes a colas ao serviço do referido Ministério, nos seus diversos departamentos e ainda nos organismos de coordene económica e outros sujeitos à sua autoridade, na qualidade de funcionários dos quadros, de contratados ou qualquer outro modo providos em funções com carácter duradouro, reportada ao fim do corrente ano e com indicação dos serviços em que se encontram ocupados e sedes das suas funções.

Outrossim, requeira que me seja dada informação, mesmas bases, dos números desses funcionários que, ventura, hajam abandonado voluntariamente os serviço em cada um dos anos de 1963, 1964 e 1965.»

«Nos termos constitucionais e regimentais, requeiro que, pelo Ministério da Economia, através das Direcções-Gerais dos Serviços Industriais e dos Serviços Flores e Aquícolas, me sejam prestadas as seguintes informações, com respeito, separadamente, às industrias de pastas e de aglomerados de partículas e de fibras de madeira.

1.ª Números de fábricas do uma e de outra especialidade em laboração no fim de cada um anos de 1960, 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965 e suas localizações;

2.ª Idem das que estejam presentemente licencia ou em vias de montagem, suas localizações capacidades previstas;

3.ª Quantidades e valores globais das respectivas produções em cada um dos anos de 1960 1964, inclusive, e, se possível, ainda no 1.º semestre de 1965:

4.ª Ordens de grandeza dos valores - ou pré pago» - nas matas das madeiras para indústrias no decurso dos anos de 1963, e 1965;

5.ª Preços médios de compra dessas madeiras p fábricas nos mesmos anos;

6.ª Se tanto constar de dados ao alcance de alguns dos departamentos citados, valores mais rentes das madeiras para análoga* aplica» industriais nas florestas e suas evoluções de curso dos três referidos anos em outros países europeus.»

O Sr. Moreira Longo: - Sr. Presidente: Ao usar palavra pela primeira vez nesta legislatura, tenho a subida honra de apresentar a V. Exa., em meu nome pessoal e em nome da província de Moçambique, as nossas sai coes, com votos de uma feliz saúde, para que a Nação continue, por largos anos, a contar com a prestígios inteligente colaboração de V. Exa. na grandiosa obra governo de Salazar, que ficará para tudo o sempre gravada na história do povo português.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A VV. Exas., Srs. Deputados, entre quais me é imensamente grato tornar a encontrar o hemiciclo alguns colegas com quem tive a honra de trabalhar na transacta legislatura, eu cumprimento efusivamente, oferecendo-lhes a minha muito modesta, mas muito leal colaboração.

Aos órgãos de informação, que tão dignamente se acham representados nesta Assembleia, eu desejo também dirigir uma saudação de justo agradecimento pelos inestimáveis serviços que têm prestado através de uma inteligente e criteriosa actuação.

Sr. Presidente: Moçambique não pode conservar-se em silêncio perante tão grande acontecimento de larga projecção e das maiores perspectivas, tanto no campo do ensino como no campo económico-social e político, traduzido pela visita conjunta dos Srs. Ministros da Educação e do Ultramar àquela província.

Ninguém oculta a grande satisfação que tal visite causou, tal-qualmente ninguém esconde o entusiasmo que a presença de tão altos magistrados da Nação tem suscitado em todos os pontos visitados.

O Sr. Ministro da Educação Nacional, cujo objectivo principal foi a cerimónia da inauguração solene da abertura do ano lectivo dos Estudos Gerais de Moçambique, teve na capital da província uma entusiástica recepção, que a população, em geral, e toda a massa estudantil lhe ofereceram, em cujas manifestações transparecia o grande amor dedicado a Portugal e a firmeza e lealdade que a gente de Moçambique, constituída por várias etnias, mas de uma só alma portuguesa, quis patentear à Mãe-Pátria.

O Sr. Ministro do Ultramar, pouco tempo depois da sua entusiástica e calorosa recepção na capital da província, tomou imediatamente rumo ao Norte, onde a situação, algo alterada por circunstâncias conjunturais que nos têm sido impostas por inimigos da paz e da civilização vindos do exterior, constitui uma das grandes preocupações do Governo.

Sem se poupar a esforços nem canseiras, S. Exa. visitou s Moçambique de lês a lês, tendo marcado, patriòticamente, a sua presença em todos os pontos afectados pelo terrorismo, correndo por vezes sérios riscos devemos dizê-lo com sinceridade -, onde, conjuntamente com o Sr. Governador-Geral e governadores de distrito, estudou atentamente a situação e os problemas locais que tanto nos afligem.

Vozes: -Muito bem!

O Orador: - Naquelas regiões teve o Sr. Ministro oportunidade de verificar que as populações, numa amálgama de cores e raças que não têm confronto, têm conservado sempre, apesar de todas as vicissitudes, um elevado nível moral e o seu nunca desmentido amor à Pátria.

Firmes o vigilantes, sem temerem sacrifícios, aquelas almas nobres mantém-se sempre prontas paru defender com o maior estoicismo e integridade da Pátria, que nos é sagrada, seguindo assim o nobre exemplo das nossas forças armadas.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - O Norte de Moçambique merece que o Governo Central, ainda que com prejuízo de outros pontos menos necessitados, lhe preste homenagem, concedendo às suas terras maiores possibilidades de um rápido desenvolvimento que tanto ajuda a debelar os perigos que nos ameaçam.

Nem só o moral das populações conta no panorama hostil que nos criaram, mas também a parte material,, que muito o eleva e fortalece, tem especial relevância no ânimo de quem ali moureja.

E os dois distritos de Cabo Delgado e Niassa, especialmente, carecem de mão protectora que os ajude no seu progresso e os defenda com todas as nossas forças da insistente cobiça alheia.