quer do crédito a curto prazo, que é objecto de renovações, tem-se procurado delimitar o campo de acção daquele mercado e do mercado de capitais, bem como imprimir ao crédito bancário uma disciplina quantitativa e qualitativa adequada às actuais condições do desenvolvimento económico.

Além da actividade financeira das maiores instituições do mercado de capitais - a Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência e o Banco de Fomento Nacional-, importa referir a evolução recente das principais categorias de operações financeiras. Dentro da política selectiva de crédito seguida tradicionalmente, a Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência tem vindo a exercer nos últimos anos ampla acção no financiamento dos investimentos, quer pela to-

mada de títulos, quer pela concessão de crédito para fomento da actividade económica.

Em 1965 a expansão do crédito global atingiu montante mais elevado que no ano anterior. Nesta evolução teve papel decisivo o aumento do crédito concedido ao sector privado para fomento da actividade económica ( + 10,5 por cento), nomeadamente do crédito industrial. Saliente-se ainda que o crédito distribuído à agricultura mediante -operações com os diferentes sectores cresceu de 3,8 por cento.

Por outro lado, os financiamentos de empreendimentos abrargidos no Plano Intercalar totalizaram no ano transacto 627 700 contos, ou seja montante sensivelmente superior ao previsto.

O mapa que segue mostra a discriminação, por sectores, do crédito distribuído por esta instituição:

Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência Variação do crédito distribuído

(Milhares de contos)

Fonte: Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência.

No decurso do 1.º semestre de 1966 o conjunto dos saldos devedores das diferentes operações de crédito elevou-se de 273 200 contos, o que representa progressão superior à do período homólogo do ano precedente.

Para aquela variação voltou a contribuir principalmente o aumento do crédito ao sector privado para fomento da economia, além da tomada de promissórias de fomento nacional,-a que anteriormente se fez referência. Importa referir que a expansão dos saldos do crédito industrial (+127400 contos) e do crédito agrícola ( + 107200 contos) atingiu quantitativos superiores aos verificados no 1.º semestre de 1965.

Por outro lado, o saldo das operações de crédito hipotecário manteve o movimento decrescente observado nos últimos anos, de harmonia com a prioridade que tem vindo a ser atribuída às operações de maior reprodutivi-dade. No Banco de Fomento Nacional as operações de financiamento realizadas no hexénio 1960-1965, sob a forma de empréstimos directos, participações financeiras e diversas operações transitórias, atingiram 5239000 contos e as operações de garantia efectuadas totalizaram 1 316 000 contos. Todavia, o montante das operações de

financiamento tem vindo a diminuir, sendo em 1965 de cerca de 531 000 contos, enquanto que o valor das operações de garantia se fixou em 106 000 contos.

De um modo geral, a política de financiamento deste instituto de crédito no último ano foi delineada de acordo com a orientação e os critérios de prioridade do Plano Intercalar de Fomento.

Aliás, os financiamentos aprovados para empreendimentos, previstos no Plano ou em conformidade com aqueles critérios, elevaram-se a 296 700 contos, montante sensivelmente superior ao programado - 145 800 contos. Do total de operações aprovadas, foram realizadas em 1965 operações no montante de 143 900 contos, a que acrescem outras relativas ao II Plano de Fomento (99500 contos).

Importa notar que, com vista à mobilização de recursos financeiros que lhe permitam desempenhar a sua missão e cooperar na reactivação do mercado de capitais, o Banco procedeu à revisão das condições de recepção de depósitos a prazo e ao lançamento de duas fracções, no montante de 100 000 contos, de uma emissão de obrigações na importância global de 250 000 contos.

Ò quantitativo das operações realizadas nos últimos anos pode apreciar-se no mapa que a seguir se insere.