quais tinham de aguardar muitos meses até que chegasse o momento Ia sua sanatorização; quando as taxas de mortalidade pela tuberculose eram extraordinariamente elevadas; enfim, quando o quadro era tal que o nosso grande Ricardo Jorge pôde dizer, com toda a justiça, que a tuberculose eram o nosso problema sanitário número um e que a tuberculose era o nosso mais jurado inimigo.

Em informações constantes de alguns projectos de lei de meios apresentados pelos ilustres Ministros das Finanças nos últimos anos e em exposição que eu e outros Deputados fizemos à Câmara, forneceram-se elementos acercai do modo como tinha sido montada a luta, quais os investimentos vultosos que o Governo, com notável e louvável regularidade, lhe tinha atribuído e os resultados que iam registando.

Julgo oportuno fornecer hoje algumas informações complementares como que a «fazer o ponto» sobre a nossa rota, neste sector da nossa actividade sanitária.

O Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos tem lutado tenazmente contra dois problemas fundamentais - por um lado, o envelhecimento dos carros das brigadas de radiorrastreio e das de vacinações e provas e o desgaste acentuado dos próprios aparelhos de radiofoto; por outro, a falta de médicos para constituírem as brigadas de provas e vacinações.

Estes dois problemas nem sempre puderam ser resolvidos como convinha e, por isso mesmo, se afectaram os números que representam a actividade global do Instituto. O primeiro poderá resolver-se facilmente com o reforço das verbas a dispensáveis à renovação de todo aquele material; mas o segundo é proveniente do nosso mal crónico, da nossa escassez numérica de médicos, agora ainda mais agravada pela necessidade que temos de concentrar os mais jovens médicos nas nossas províncias da Guiné, de Angola e de Moçambique.

No entanto, apesar de tudo, anda por mais de meio milhão em cada um dos três anos de 1962, 1963 e 1964 o número de portugueses sujeitos a exame dos nossos elementos de Juta. Pelo que toca às provas tuberculínicas nos de meros de 20 anos, os números totais sobem a mais de 300 000 em cada um dos dois primeiros anos, mas desceram levemente no ano de 1964 pelas razões que acima apontei.

Em 1965, porém, essas provas já subiram para cerca de 500 000, num notável esforço de adaptação para vencermos as dificuldades que há pouco citei.

As vacinações pelo B. C. G. dos anérgicos têm sido preocupação constante do Instituto. Tem sido realizada essencialmente pelo seu pessoal; mas, desde há anos a esta partes, tem-se procurado interessar grande parte da população médica estranha ao Instituto na prática da vacinação antituberculosa, quer orgarizando cursos práticos semanais para médicos, quer remunerando-os pelas vacinações praticadas.

Esses cursos têm sido organizados regularmente pelos três centros de profilaxia. Pelo que toca ao que se passou no da zona centro, devo dizer que sobe a mais de 500 o número de médicos que os frequentaram, principalmente jovens médicos.

A vacinação dos recém-nascidos e dos lactentes tem merecido um particular carinho, quer pelo que respeita a intensificação das vacinações nas próprias maternidades, quer pelo que toca às que se praticam nos dispensários materno-infantis e nos próprios consultórios médicos.

Foi assim que, nestes quinze anos, passámos as médias anuais lê vacinação de 8000 a 10000 dos primeiros aros para os 228 000 e 281 000 dos últimos anos.

Aquelas medidas que acabo de me referir permitiram passar a m