Que teremos feito para que as jovens participem tal como os rapazes do seu tempo na consciência dos problema económicos, sociais e políticos que se põem à nossa humanidade.

Muitas vezes no (...) esta pergunta tem vindo ter consigo. Perante a imensidade da tarefa que se nos depara terão os responsáveis ponderado no imenso contributo que a mulher poderia dar ao desenvolvimento económico e sobretudo humano dessas regiões.

Mas voltemos à cidade.

odos sabemos como muitas vezes o desmazelamento da jovem rural (...) na cidade na prostituição ou em ligações, (...) de famílias, em contrate(...) moral material.

Mas ainda aquela que realiza uma união legítima (...) que razões económicas a poderão obrigar a ser uma corrente no mercado de trabalho. Assim dividida entre a pesada tarefa de esposa e mãe e a de operária, dará com o mesmo entusiasmo acolhida aos, maquinismos que simplificam os trabalhos domésticos e ao contrôle dos nascimentos.

A verdade é que a maioria das mulheres não trabalham fora do lar por motivações psicológicas, mas económicas.

O trabalho no exterior não é para elas uma (...) real uma necessidade de enriquecimento espiritual, mas um imperativo de subsistência.

Trabalho quase sempre pouco qualificado, dissemos trabalho que também denuncia um mito do nosso tempo o da produtividade material. Mas muitos continuam a interrogar-se se apesar de tudo, não seria «mais produtivo» o trabalho (...) moderador da mulher como esposa e mãe.

Mas, se a jovem persiste em permanecer no campo que situação aí a espera.

Já se escreveu que ela é aí uma doméstica sem salário uma associada sem autoridade, uma (...) abusivamente despojada. As condições arcaicas de vida são mesmo bem mais pesadas para a jovem do que para seus (...). Traduzem-se por vezes numa servidão, numa humildade sendo-lhe negado o acesso, a um mínimo de cultura a realização do sonho de um lar independente.

O Sr Cunha Araújo: -V Exª dá-me licença

O Orador: - Faça favor

O Orador: - Eu tenho um ponto de vista diferente do de V Exª. E eu creio que nós muitas vezes acreditamos que a mulher sai do lar por necessidades psicológicas e não económicas, porque vivemos neste nosso mundo de categoria social que é um mundo restrito. Mas milhões que têm necessidade de trabalhar não pertencem, infelizmente para elas, ao mundo de V Exª, pertencem ao mundo daqueles que saem do lar para ganhar em o seu pão.

Ainda hoje, num programa da nossa televisão, só fazia uma entrevista a mulheres modestas que trabalhavam e a resposta que elas davam é que trabalhavam porque não tinham meios de subsistência e que o seu grande desejo seria que os maridos tivessem um nível de vida que lhes permitissem estarem em casa. Há mulheres que saem do lar porque podem ter criado necessidades psicológicas ou por os homens não corresponderem às necessidades psicológicas delas.

O Sr Cunha Araújo: - Mas de um modo geral a função educadora não compete às mulheres no nível que V Exª está a (...)

O Orador: - Mas é isso que nos interessa sobretudo porque são os milhares de mulheres do nosso país que dão os milhares de rapazes que na Guiné Angola e Moçambique que batalham e morrem por Portugal.

Sr Presidente (...) um esboço sobre a problemática da juventude falando dela como um caminho salientando os valores que a distinguem pondo em destaque algumas notas (...) da actualidade referindo a tensão das gerações e absorvendo finalmente a situação (...) especial da mulher.

Será agora oportuno falar mais concretamente do apelo que a comunidade das gerações (...) jovens. O jovem é convidado a ser bom filho para um dia ser melhor pai, (...) cidadão para colaborar nos (...) da sua pátria devotado crente para servir os desígnios de (...) relativamente á humanidade.

A Família a Igreja e o Estado tem assim (...)organizações da juventude as associações profissionais e as instituições de cultura.

Reconhece se existirem sectores na vida portuguesa onde se torna indispensável dignificar o diálogo entre os pais e os filhos.

Muitas vezes os filhos queixam-se que os pais desconhecem a sua verdadeira personalidade ou mostram indiferença por ela. Outras vezes, terceiros denunciam uma (...) dos pais, temerosos de complexos de frustração na (...) de temas de psicanálise mal assimiladas.

É indiscutível que a deficiente preparação dos pais para a função educativa ou o abandono a que a comodidade votam os filhos são a causa de muitos insucessos.

Assim, se é necessário cuidar dos filhos, torna-se igualmente urgente educar os pais.

Penso que na política de protecção à família deveríamos incluir um vasto programa de formação dos pais. Escolas de pais (...) de estudos, emissões de rádio e da televisão, brochuras, jornais, etc, tudo contribuiria par este esforço que se deveria processar a vários níveis sociais.

Não me vou deter na multiplicidade das razões que justificam a intervenção da Igreja em matéria de educação nem tão-pouco nos vários caminhos que se impõe percorrer para que tal intervenção ganhe maior eficácia.

Permito-me, porém fazer uma outra observação relacionada com as vivências da minha geração, a posição do cristão no nosso mundo e a oportunidade de uma actualização pastoral.

Sem pretensões a (...) uma sociologia de estados de alma, ainda hoje continuo convencido de que a ansiedade foi «companheira assídua» de muitos escolares de Coimbra, no se tempo. Ansiedade perante o número, a mudança a guerra, a imensidão do espaço