Joaquim de Jesus Santos

José Dias de Araújo Correia

José Fernando Nunes Barata

José Henriques Mouta

José Janeiro Neves

José Manuel da Costa

José Maria de Castro Salazar

José de Mira Nunes Mexia

José Rocha Calhorda

José Soares da Fonseca

José Vicente de Abreu

Júlio Alberto da Costa Evangelista

Júlio Dias das Neves

Luciano Machado Soares

Luís Arriaga de Sá Linhares

Manuel José de Almeida Braamcamp Sobral

Manuel Lopes de Almeida

Manuel Marques Teixeira

Manuel de Sousa Rosal Júnior

D. Maria Ester Guerne Garcia de Lemos

D. Maria de Lourdes Filomena Figueiredo de Albuquerque

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo

Mário Bento Martins Soares

Mário de Figueiredo

Miguel Augusto Pinto de Meneses

Rafael Valadão dos Santos

Raul Satúrio Pires

Raul da Silva e Cunha Araújo

Rogério Noel Peres Claro

Sebastião Garcia Ramirez

Sérgio Lecercle Sirvoicar

Simeão Pinto de Mesquita de Carvalho Magalhães

Sinclética Soares Santos Torres

Tito Lívio Maria Feijóo

Virgílio David Pereira e Cruz

O Sr. Presidente:-Estão presentes 83 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 35 minutos.

Deu-se couta do seguinte

Cartão do P[...] Manuel da Costa Rego a felicitar o Sr. Deputado Peres Claro pelas ideias expostas em favor do escutismo.

Vários telegramas no mesmo sentido,

ários telegramas acerca do aviso prévio sobre a educação da juventude.

Telegrama do presidente do Grémio Nacional dos Industriais de Lacticínios a aprovar a intervenção do Sr. Deputado Cancella de Abreu sobre a falta de leite.

O Sr. Presidente: - Para cumprimento do disposto no § 3.º do artigo 109.º da Constituição, está na Mesa o Diário do Governo n.º 10, 1.ª série de 12 do corrente, que insere o Decreto-Lei n º 47 494, que adita um novo artigo 8.º, aos estatutos da Companhia de Diamantes de Angola, passando o actual artigo 8.º a 8.º- A

Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando de Oliveira;

O Sr. Fernando de Oliveira: - Sr. Presidente; sob a égide de «Celebrar o passado - Construir o Futuro», foi levado a efeito um notabilíssimo ciclo de conferências abrangendo alguns dos sectores mais importantes da vida da Nação. Conferencistas bem conhecidos, quer pela sua formação e cultura quer pelas provas de sobejo dadas na vida oficial ou em carreiras profissionais, estudaram problemas de base de administração pública portuguesa e para eles apresentaram soluções. Trata-se de um magnífico esforço individual que muitas horas e vigílias decerto ocupou a margem das actividades normais de cada um, há que apreciar na devida conta e louvar um tal esforço.

O talento e a boa vontade agora demonstrados existiam e eram conhecidos, não eram trazidos porém ao grande público. Surgiu o impulso coordenador e esse talento e essa generosidade manifestaram-se prontamente no palco do S N I, e pela imprensa, pela rádio e pela televisão foram levados ao longo do País. À comissão presidida pelo Dr. Baltasar Rebelo de Sousa e aos conferencistas eu felicito vivamente e rendo homenagem. O serviço prestado no País foi relevante. É mais digno de ter continuação. Não faltará, como aconteceu agora, assistência do mais alto nível intelectual extremamente atenta.

No ambiente sadio das elites da Nação Portuguesa há pois quem esteja disposto a ensinar, muito quem esteja pronto a aprender.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Qual poderá ser o plano de acção recomendado? Façamos uma análise breve dos factores.

Época de extraordinário desenvolvimento industrial, a dos nossos dias. Polarizada pelo crescimento interno da Nação, abertas perspectivas novas e grandes para a exportação, transporta da fase do artesanato para a da organização nacional, eficiente, a indústria portuguesa abre caminho.

Dirigentes de vistas largas preparam os seus corpos executivos. Cursos, simpósios, seminários, atestam a sede, a vontade de progresso. Produtividade é hoje uma legenda, é motivação. Os empresários portugueses elevam os seus olhos, já não se trata de conservar ou manter o que os seus avós ou pais iniciaram e engrandeceram, olham antes para o futuro. Honra lhes seja feita. Contudo, eles nem sempre têm encontrado o estímulo, o objectivo firme, que a administração pública lhes devia e podia facultar.

Em qualquer parte do Mundo, o Estado é sempre o grande dinamizador das suas indústrias, sendo o cliente principal de muitas delas, é seu dever orientar, ensinar, exigir e compensar. Aos serviços públicos incumbe portanto definir normas e especificações, concursar e escolher que é [...] [...] dos produtores mais e menos eficientes que vai a recompensa ao esforço honesto e inteligente para o industrial ao lado da maior economia para o Estado.

Administração pública e economia, eis os suportes, os alicerces de um todo [...] a defesa da Nação, que não compete somente aos militares.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Séculos atrás uniam-se a nobreza, o clero e o povo, as três forças vivas dessas épocas, sempre que a Pátria em perigo se encontrava. E eram os letrados a