não como um território, mas como uma obra em acção ou ainda como um espaço de missão (3).

Acusam-nos porém de sermos um pequeno povo envelhecido, sofrendo de imobilismo acorrentado a preconceitos, medievais. Daí concluem esses detractores pela nossa impotência para exercer a tarefa civilizadora.

Quanto à actualidade da doutrina que comanda a nossa acção civilizadora - expressa no preceito constitucional-, nunca, como hoje ela encontrou tanta oportunidade na evolução que se processa pelo Mundo e em que os Estados tendem agrupar-se em grandes blocos e alargar esferas de influência.

Vozes: -Muito bem!

países europeus e devido à elevada taxa de natalidade, a população portuguesa é ainda uma das mais jovens. A referida percentagem das pessoas com menos de 20 anos é a mais elevada se exceptuarmos a Holanda, a Jugoslávia e a Turquia.

Densidade superior à dos países menos desenvolvidos e muito inferior à dos países industrializados, natalidade que é a mais elevada à escala europeia, mortalidade pouco diferente da que ocorre nos restantes países, população jovem, famílias numerosas - eis alguns traços característicos da nossa população em face dos outros povos europeus ( ).

A juventude na população ultramarina - O aumento da população portuguesa nos dois decénios que culminam com o censo de 1960 atingiu, como vemos 6 130 000 indivíduos. Nesse acréscimo cabem no ultramar 4 400 000 almas.

Angola, a nossa maior província e também a menos densamente povoada registou num aumento de 1 100 000 indivíduos nesses vinte anos. O ritmo de crescimento entre 1940 e 1950 foi de 11 por cento e em 1960 atingiu os 16,58 por cento ( ).

Não admira por isso que o censo de 1960 revele que cerca de 50 por cento da população - 2 389 963 habitantes - têm menos de 20 anos, o que dá um carácter jovem à província (7), traduzido graficamente na sua pirâmide de idades.

A configuração desta pirâmide corresponde a uma economia em estado de arranque cujo impulso lhe vem dos meios urbanos onde o crescimento é cada vez mais acelerado. Assim no total das oito cidades, temos:

o que revela um aumento de 249 por cento em 30 anos e de 53,6 no decénio de 1950-1960 (8).

Quanto a Moçambique, no mesmo período de vinte anos e até 1960 verificou-se um aumento de 1 497 338 habitantes, sendo de 839 793 o acréscimo do último intercenso ( ).

E a sua população com menos de 20 anos representava (1950) 47 por cento do total (9).

Desta situação andavam muito próximos (1950), Cabo Verde, Guiné e Macau (1960), seguidos pela Índia e S. Tomé e Príncipe.

No conjunto português apenas se verificou ligeira diminuição de população em números absolutos no intercenso de 1950-1960 quanto à Índia e a Macau.

População das províncias ultramarinas

(a) Apurados dos 10 aos 59 anos por não haver discriminação das idades (...) dos 60 anos.

(b) População residente.

Sinais convencionais{ n resultado não apurado

x resultado ignorado