fez em Santarém, aproveitando ao máximo os técnicos, o que é possível, visto que há técnicos que ainda hoje estão a tratar de assuntos burocráticos que bem podiam ser ti atados por simples dactilógrafos.

O Orador: -Muito obrigado a V. Exa. pelo seu aparte Também eu desejo que essa promessa do Si Ministro da Economia entre em execução com a brevidade possível e que dela beneficie toda a economia nacional.

Na minha intervenção refiro-me ao caso da mecanização da viticultura duriense. Foram as suas características particulares e as grandes dificuldades que se lhe deparam que me levaram a chamar para ela uma atenção especial, visto que a legião demarcada do Douro é uma importante fonte de divisas, através quer da exportação directa do vinho do Porto, quer da sua venda aos turistas do mercado interno. O problema da mecanização da agricultura é geral, mas o da vitivinicultura, da região demarcada do Douro, dado o seu especial condicionalismo quanto à topografia do terreno e à divisão da propriedade, terá de ter uma solução um pouco diferente desse problema geral.

O Sr António Santos da Cunha: - Quase igual ao Minho.

O Orador: - Mas a utilização das máquinas em boas condições e sem as avariar ou estragar exige mão-de-obra preparada paia estas tarefas.

A carência de mão-de-obra qualificada e capaz de trabalhar bem naquelas rudes condições é outro problema que, se não foi resolvido, poderá tornar inviável a mecanização.

O domínio deste seria conseguido criando na região demarcada do Douro, e talvez na Estação Vitivinícola da Régua, na sua Quinta de Santa Bárbara, junto ao Pinhão, o cenho geográfico desta região demarcada, um núcleo de formação profissional acelerada, onde, por forma intensiva, se prepararia mão-de-obra especializada para a vitivinicultura do Douro.

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O Orador: - Também é preciso que à Escola Agro-Industrial da Régua não faltem as instalações e os meios necessários ao bom desempenho da formação e aperfeiçoamento agrícolas especialmente orientados à vitivinicultura, a fim de atingir por forma eficiente os objectivos para que foi criada.

Sr Presidente e Srs. Deputados: Na região demarcada do Douro vivem centenas de milhares de portugueses, espalhados por 169 freguesias dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu todos carecem de apoio do Governo, pois só com ele conseguirão vencer a grande crise que atravessam.

Para que a vitivinicultura duriense sobreviva, e depois prospere, há que enfrentar os seus problemas com firmeza e persistência.

O da escassez de mão-de-obra é dos mais agudos. Por isso, é necessário e urgente.

a) Que as entidades oficiais procedam à indicação seguia das máquinas e equipamento a utilizar e facilitem a organização dos núcleos de mecanização,

b) Que se proceda, à abertura de uma rede de malha apropriada de caminhos vicinais, ligando as vinhas à rede rodoviária, para permitir a circulação das máquinas e o carrejo dos produtos por viação mecânica acelerada e económica,

c) Que seja criado na legião demarcada do Douro um centro do formação profissional acelerada, para valorizar o trabalhador rural.

Vozes: -Muito bem!

O Orador: -São grandes as dificuldades da lavoura duriense, que dia a dia vê reduzidos os seus efectivos de trabalho pelo abandono maciço da terra pela sua gente válida.

Todos esperam que se ataque o problema frontalmente e confiam no apoio do Governo para definir e impulsionar as soluções necessárias.

Eu também compartilho dessa fé e confio um que os Srs. Ministros de cujos departamentos dependem as necessárias realizações vão ajudar a lavoura duriense a sair das dificuldades em que só encontra.

E, porque se torna ingente actuar aqui deixo este apelo ao Governo.

Vozes:- Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado. razão de ser do nosso atraso em muitos campos e das nossas contínuas, justos e permanentes lamúrias.

Parece-me, pois, que já é tempo de o Governo se debruçar definitivamente sobre este problema e de o resolver - sem olhar a interesses particulares- de uma vez para sempre e sem delongas. Procurar soluções adequadas ou remédios a curto prazo não nos parece prática de aconselhar, se atentarmos em que têm sido eles, em parte, os causadores da triste situação em que neste capítulo nos encontramos.

Sr. Presidente: O problema portuário nos Açores, com excepção da Horta e de Ponta Delgada, é o mais premente de entre todos os problemas açorianos. Os portos são as nossas portas de entrada e de saída para o mundo Por eles passam anualmente centenas de milhares de passageiros. Por eles entram e saem centenas de milhares de toneladas de carga. Narrar aqui as tragédias, os problemas, os contratempos, dos embarques e desembarques sei ia tarefa que me roubaria mais do que o tempo regimental. Mas basta informar que já tem havido ocasiões em que passagem são embarcados e desembarcados com o uso do guindaste como se de qualquer animal ou qualquer peça de tratasse! Eu pergunto, meus