a lei lhes atribuiu, não merecem que alguém sobre eles se debruce para resolver problemas que uma orgânica que os transcende?

Pode la ser que a Câmara do Porto, para fazer turismo numa cidade visitada anualmente por centenas de milhares de turistas, não disponha de mais de uma centenas de contos, destinados a informação e realizações que a tornem motivo especial de atenção, como reza a lei? Aflige-me o contraste, por exemplo, com a vizinha Galiza, tão próxima do Noroeste português próxima no espaço, mas também no clima, na paisagem, na vida da sua gente, distante nos seus novos e excelentes hotéis e poupadas nos seus famosos festivais de Verão de superior nível artístico e recreativo.

Vozes: - Muito bem !

notàvelmente equilibrada. Se é certo que se verificou um aumento sensível nos meses de Julho e Agosto de 1966, provocado naturalmente pela frequência das praias, nos restantes meses as amplitudes não atingiram grande expressão. Particularmente, em relação ao Inverno desse ano, basta dizer também que os espanhóis excederam em muito todos os estrangeiros somados das outras nacionalidades que nos visitaram por qualquer fronteira - terrestre, marítima ou aérea.

Julgo, assim, de tirar duas conclusões a primeira, de que o Norte do País recebeu em 1965 e 1966 metade, pelo menos, de todos os turistas entrados em Portugal, a segunda, do que o turismo em Portugal já ultrapassa os reduzidos meses do período estival, graças sobretudo à afluência progressiva dos turistas vindos do país vizinho.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Não vou mais longe. Julgo as conclusões suficientes para dispensar quaisquer outras considerações sobre a importância turística da região do Norte do País que tem o Porto por capital. Os factos e as conclusões que delas se tiram justificam suficientemente que, sem se abandonar a prioridade legitimamente dada ao Algarve e à Madeira nesta primeira fase de desenvolvimento turístico do Pais, se comece a entrar sèriamente noutras regiões até agora objecto de atenções bem limitadas, planificando-se e excluindo-se o seu aproveitamento turístico.

Muitas outras considerações seriam pertinentes. Reservo-as, contudo, para quando me for dado usar da palavra no aviso prévio anunciado pelo Sr. Deputado Nunes de Oliveira.

No dia, que espero seja breve, em que as atenções se voltarem decididamente para o Noroeste do País, ali onde nasceu Portugal, considerando-se a sua orla marítima, de bolas e extensas praias, resguardadas em larga extensão pela cortina dos pinherais e as suas serras do Geres e do Marão, cheias de atractivos paisagísticos e desportivos - não falta sequei a neve nesta última - feita necessária propaganda, mola fundamental de qualquer impulso turístico, então não voltaremos a ouvir a frase despida de realismo de que não há hotéis porque não há turistas.

A verdade é bem outra não há turistas bastantes para o aproveitamento de todas as potencialidades de uma região quando ela não disponha de infra-estruturas e se não faça a necessária propaganda dos seus atractivos turísticos.

Vozes: - Muito bem !

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à

O Sr. Presidente: - Continua em discussão na especialidade a proposta de lei sobre o regime jurídico da caça.

Vou pôr em discussão a base II sobre a qual há na Mesa duas propostas de alteração. Vão ler-se: