Os serviços de comunicações, representados por portos e aeroportos, com receitas e despesas incluídas no Orçamento Geral do Estado, produziram receita e tiveram a despesa que consta do quadro que segue:

Os aumentos tem sido grandes, em especial nos portos de Lisboa e Douro (Leixões). Mas, também se desenvolveram receitas em aeroportos, sem contudo se produzir equilíbrio com as despesas nalguns.

Obras em curso ou melhorias indispensáveis levaram as despesas extraordinárias volumosas com reembolsos maiores ou menores.

Explorações do Estado A conta de quase todos os aeroportos apresenta deficit que se eleva a quase 8000 contos no de Santa Maria, a 3979 contos no do Sal e a 2300 contos nos da Madeira.

Mas há alguma contrapartida nos saldos de algumas explorações do Estado, como se nota a seguir:

(a) Não inclui a importância de 9004 contos provenientes do Reembolso de custo de metais para amoedar

Pela segunda vez a Imprensa Nacional apresentou saldo, este ano de 1145 contos, e os serviços florestais e aquícolas, com um saldo positivo de 4845 contos neutralizaram o deficit de 3918 contos de 1964.

A conta da Casa da Moeda é perturbada pelas verbas de compras de matérias-primas e outros materiais. Em 1965 o deficit é grande, mas deve atender-se a que se adquiriram 7389 contos de produtos diversos.

Participação de lucros Nas participações de lucros as lotarias diminuíram de 22 153 contos. Entregaram a receita de 95 082 contos. Deve haver qualquer razão que justifique tão grande baixa. Porém o Banco de Portugal e a Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência melhoraram as suas entregas em, respectivamente, 8097 e 7621 contos. Os dois estabelecimentos de crédito contribuíram com 105 627 contos, 25 408 contos do Banco de Portugal e 80 219 contos da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência.

Das outras participações, a dos correios, telégrafos e telefones, com 12 872 contos, melhorou de 8676 contos e os diversos aparecem com mais 5531 contos, na cifra total de 9698. Ainda bem que os capitais do Estado começam a render quantia apreciável, que em 1965 se elevou a 205 873 contos, mais 42 727 contos do que em 1964.

As cifras são as seguintes nos últimos dez anos:

Contos

1964 163 146

Em 1950 a receita do capítulo foi de 30 670 contos. A grande diferença para 1965 mostra o investimento feito pelo Estado.

Não é possível discriminar, como conviria, a origem dos rendimentos. Em duas grandes rubricas essa origem foi a seguinte:

(a) Estas rubricas foram englobadas em Juros de obrigações (... n.º 447, série A).

Há melhoria da ordem dos 14 483 contos dos dividendos de acções de bancos e companhias.

Nos 109 733 contos que formam a rubrica «Diversos» também se nota aumento de 42 727 contos.

Esta conta compreende juros de obrigações de antecipação de meios e institutos financiados pelo Estado (Banco de Fomento Nacional) e outros