O aumento foi da ordem dos 331 531 contos. Houve algumas alterações de relevo em 1965 Assim, aumentou a de 5 3/4 por cento para 1 155 200 contos, tendo diminuído as promissórias de 5 1/2 por cento de l 009 050 contos para 674 059, provavelmente por efeitos de compensação.

Há, além disso, alguns aumentos de menor volume e amortizações diversas.

Como já se fez notar, a dívida externa aumentou muito nos últimos anos e os seus encargos correspondem a este aumento. Uma parte é representada por promissórias sem juro no Fundo Monetário Internacional e no Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) Mas a parcela mais recentemente emitida para a ponte de Lisboa, a amortizar em vinte anos, vente juros muito altos (5 3/4 por cento), assim como as promissórias, no total de 647 059 contos (51/2 por cento). A dívida pública total, em 31 de Dezembro de 1965, elevava-se a 31 472 200 contos, que se discriminam como segue

Milhares de contos

A cargo da Junta do Crédito Público 25 418.3

Promissórias do fomento nacional 2 954

Plano Marshall 1 112.4

Outros acordos 1 948.6

Total 31 472.2

Se for considerado que a dívida pública total se elevava a 15 329 600 contos em 1958, ver-se-á o grande aumento sofrido nos últimos sete anos.

Já se isolou acima a dívida externa a cargo da Junta do Crédito Público Há que juntar agora a parcela que se refere ao Plano Marshall e a contida em outros acordos. A relacionada na Junta do Crédito Público elevava-se a 5 258 605 contos. Os aspecto da dívida externa, com os adicionamentos indicados, assume um aspecto mais sério.

O aumento da dívida total, de 2 099 000 contos em 1965, somou 5 483 000 contos nos dois últimos anos. A evolução do capital da dívida pública desde 1958 é dada nos números que seguem

A última coluna exprime os aumentos totais em cada ano em relação a anteriores O capital da dívida mais do que dobrou em curto espaço de tempo E se fossem relacionados os índices, sem entrar em conta com a anulação de cerca de 900 000 contos da dívida ao Banco de Portugal, ao período do pós-guerra, ver-se-ia que o aumento foi muito maior. Em 1965 emitiram-se 2 462 430 contos, mas a dívida aumentou por 2 099 900 contos, distribuídos como segue

Contos

Certificados da dívida 780 000

3 1/3 por cento 637 000

Certificados de aforro 14 000

Renda perpétua 11 125

As verbas maiores referem-se aos certificados de dívida, ao 3 1/2 por cento interno e ao 3 3/4 por cento da dívida externa (ponte de Lisboa)

Adiante se indicarão as aplicações dos empréstimos representados por certificados de dívida de 3 1/2 por cento

Saldos credores Os saldos credores em 31 de Dezembro de 1965 elevavam-se a 2 869 700 contos, discriminados como segue

Contos

No estrangeiro + 683 700

Banco de Portugal +1 963 500

Contas de tesouraria + 284 900

Conta corrente - Caixa Geral de Depósitos - 62 400

Mantiveram-se altos os depósitos no Banco de Portugal Passaram de 477 000 contos em 31 de Dezembro de 1964.