As despesas totais do sector agrícola (ordinárias o extraordinárias) atingem 409 288 contos, ou 66,4 por cento.

Entre as despesas, dos diversos sectores convém as seguintes nas extraordinárias

Contos

Melhoramentos agrícolas ........25 000

Hidráulica agrícola ............ 1 000

Povoamento florestal ..........112 701

Reorganização agrária ......... 34 894

Cooperativas e associações .... 771

Fomento agrícola .............. 3 909

Fomento florestal e piscícola . 2 845

Há a considerar ainda a hidráulica agrícola, do que se falou acima, e a electrificação rural, que, adicionada aos 469 238 contos indicados, elevam para 497 888 contos a comparticipação do sector agrícola no Ministério da Economia e, com os 164 957 contos da hidráulica agrícola, para 662 845 contos.

Estas despesas representam cerca de 6 6 por cento da despesa total, excluindo os encargos das forças armadas.

Sector do comércio Neste sector, incluindo o Fundo de Exportação, a despesa fixou-se em 114 575 contos. O aumento de 6190 contos em relação a 1964 foi devido ao Fundo de Exportação, que se elevou a 82 000 contos. O que pròpriamente se refere à Secretaria do Estado do Comércio somou 32 375 contos.

O êxito da exportação depende muito da quantidade e qualidade dos produtos e da sua aceitação nos mercados externos. Em todos estes aspectos há lugar para grandes progressos, sendo lamentável os atrasos em recursos de tão grandes possibilidades e interesse, como os das frutas, de produtos da destilação de resmas, de essências de flores e outros.

Não se podem vender produtos que não existam ou que existam em qualidade não aceite pelos mercados. Donde resulta que a produção terá de ser adaptada também ao comércio externo se houver o propósito de melhorar a exportação para cifras que atenuem o grande deficit da balança do comércio.

A produção em qualidade parece adaptar-se melhor do que a produção em quantidade, e julga-se ser melhor remunerada e aceite em países de alto nível de rendimentos. As recentes decisões no Mercado Comum, com tão grandes afinidades, na importação com o mercado nacional, suscitam novas dificuldades.

A necessidade de um acordo com esse Mercado é essencial para o desenvolvimento da exportação ea existência do grande deficit da balança do comércio com países que dele fazem parte talvez facilite esse acordo. Neste caso a despesa elevou-se a 80 001 contos excluindo a electrificação rural, adstrita ao sector agrícola.

Essa despesa forma-se do modo que segue:

Contos

Despesas extraordinárias

(a) 80 001

(a) Exclui electrificação rural.

É com certeza muito modesto o dispêndio do Estado com o sector da indústria. As necessidades de conhecer grande número de questões relacionadas com o desenvolvimento industrial hão-de requerer maiores dispêndios.

Ainda se poderá adicionar à soma 80 001 contos tudo ou parte das verbas gastas pelo Ministério das Obras Públicas em estudos relacionados tem a produção de energia, já indicados no respectivo capitulo. Para ter idea da importância de diversos sectores económicos relacionados com as despesas deste Ministério publicam-se a seguir as cifras do produto nacional bruto ao custo dos factores, a preços correntes em milhares de contos.

Num total de 98 311 000 contos do produto interno bruto a preços correntes, em 1965, a agricultura concorreu com 16 353 000 contos, ou 16,7 por cento, o que é muito pouco em comparação, por exemplo, com os 33,7 por cento das indústrias transformadoras. No curto espaço de quatro anos a comparticipação do sector agrícola diminuiu 1,5 por cento e a das indústrias transformadoras aumentou 4,3 por cento.

As cifras dizem ter havido aumento grande no produto interno bruto da agricultura entre 1963 e 1965, cerca de 1 800 000 contos a preços correntes. Há nítida contradição com as cifras de 1963 e 1964, em que houve diminuição superior a 100 000 contos.

Efeitos da inflação de preços? Colheitas muito más? As despesas ordinárias do Ministério somaram 183 948 contos, mais 14 417 contos do que em 1964.

Podem comparar-se em 51 611 coutos em 1938.

Repartem-se como só indica adiante.