a produção silvícola, convenientemente industrializada, pode suprir a falta de outras formas de actividade primária.

Não é segredo para ninguém a possibilidade de melhor e maior aproveitamento de florestas em regiões de atrasos na técnica, nas comunicações, na industrialização, e os prejuízos para a economia nacional inerentes a esses atrasos. A massa florestal não é explorada convenientemente, embora se notem progressos nos últimos anos com as fábricas de celulose e de prensados.

Mas o problema deverá ser impulsionado no sentido de alargar o âmbito das utilizações da massa lenhosa e de melhor cultura florestal. A estimativa do produto bruto florestal feita em meados de 1965 revela algumas graves deficiências. O produto bruto florestal contribuiu com 646 875 contos para o total, em 1930, que se elevaram para 2 912 410 contos em 1963. As cifras são em preços contentes e terão de ser corrigidas pela evolução do índice de preços nas duas datas extremas. A de 1963 parece ser de 2 730 000 contos.

Não é aqui o lugar para fazer a análise da evolução do produto florestal, e não seria fácil, mas pode dizer-se, examinando as cifras, que o progresso foi pequeno.

O contributo um 1965 elevou-se a 3 003 000 contos preços correntes, o que representa 3 por cento do produto total.

O que leva agora a tocar neste assunto é a participação das principais essências na formação do produto, dada pelas cifras seguintes:

As duas essências mais valiosas parecem ser o pinheiro e o sobreiro, ambos de rendimento unitário baixo. O pinheiro não é, porém, explorado convenientemente, e os seus produtos - a massa lenhosa, as resinas, e os óleos - estão longe de produzir o que poderiam numa conveniente industrialização.

Não surpreende a evolução do produto bruto do eucalipto, que já representou 7,7 por cento do total em 1963, a partir de apenas 2,2 por cento em 1938.

Os atrasos industriais em matéria de aproveitamento da massa lenhosa em especial do pinheiro e do eucalipto, constituem o motivo da baixa contribuição da silvicultura para o produto nacional. Há um largo programa a executar e uma grave lacuna a preencher nesta matéria. Ascenderam a 98 723 contos as despesas desta Junta que se desdobram da forma que segue.

Contos

Melhoramentos agrícolas ...... 25 000

Obras nas colónias agrícolas . 2 481

Despesas do Fundo de Melhoramentos agrícolas ..... 1 423

Fundo de Fomento de Cooperação 2 000 85 798

A parte as verbas, anualmente utilizadas em financiamentos, através do Fundo do Melhoramentos Agrícolas - 13 000 contos, em 1964 e 25 000 contos um 1965 -, aparece este ano um novo fundo - o Fundo de Cooperação-, com a verba de 2000 contos.

A despesa total da Junta elevou-se para 98 723 contos, mais 20 549 contos do que em 1964.

Já se aludiu à despesa da Secretaria de Estado da Agricultura. Não haverá reparos a fazer a sua crescente produção no Orçamento de os resultados corresponderem ao esforço financeiro do Estado.

Este é que é, no fundo, o problema a utilização (...) dos investimentos.

Secretaria de Estado do Comércio Subiu para 114 375 contos a despesa da Secretaria de Estado do Comércio se nela foi incluída a do Fundo de Exportação. Houve um aumento em relação a 1964 que proveio quase todo do Fundo de Exportação como se deduz dos números que seguem.

Intendência-Geral dos Abastecimentos .........6 910

Inspecção-Geral das Actividades Económicas ..18 921

32 375

232. As verbas nos dois últimos anos são idênticos e decompõem-se como segue:

A despesa, à roda de 6623 contos nos dois últimos anos, tem sofrido gradual redução.

Intendência-Geral dos Abastecimentos Com as alterações sofridas pela organização destes serviços e a criação da Inspecção-Geral das Actividades Económicas a despesa subiu para 20 831 contos, mais 1487 contos do que em 1964.