obstante a subida no número de camas, que em 1065 correspondeu a 2787, a média diária de internados progrediu mais intensamente.

Anote-se, também, que continua a mostrar-se bastante baixa a taxa relativa aos hospitais sub-regionais e bastante alta a respeitante aos centrais e regionais, o que leva a admitir-se que a carência de meios nos primeiros sobrecarrega demasiadamente os últimos, com todos os inconvenientes já debatidos em pareceres anteriores. Em relação à totalidade dos estabelecimentos de saúde, gerais e especiais, as taxas de ocupação também se revelam altas, sendo de notar-se aumento em 1965.

(a) Calculada com base no numero de internados no ultimo dia de (...)

Nos estabelecimentos de saúde especiais o problema afigura-se, no entanto, mais grave, pois a redução do numero de camas e manutenção da média diária de internados provocou elevação da taxa para 79,24, apenas ultrapassada pela observada para o ano de 1962 (79,38).

Relativamente aos estabelecimentos gerais, o agravamento resulta do mais intenso acréscimo no número de internados do que no de camas. Para a compreensão mais perfeita do que se passa com os estabelecimentos especiais, insere-se a seguir o quadro relativo ao movimento de internados:

No último triénio, o movimento de entradas e saídas mostra-se bastante superior ao do triénio anterior, acontecendo que os existentes em fim de ano têm vindo a diminuir.

Este facto, associado ao das saídas e à taxa de ocupação, parece denotar sérias dificuldades na manutenção dos doentes por períodos considerados aceitáveis, o que se reflecte no estado em que saem. As percentagens mostram algumas anomalias que não é possível explicar. Com efeito, a percentagem de curados é baixa e mantém-se em cifra que, de um máximo da 23 em 1960, desceu para 17 em 1964 e para 20 em 1965. Por outro lado, a cifra de 43 para o que se designa por «outros» é alta. Talvez que o quadro seguinte, respeitante ao ano de 1965, possa esclarecer melhor as percentagens acima indicadas.