de morte, o comportamento das mesmas não foi idêntico no período 1960-1965. Assim, enquanto a taxa de mortalidade por tuberculose desceu sem cessar, a correspondente aos tumores malignos apresenta uma tendência nítida de crescimento, só interrompida no último ano. Por sua vez, a mortalidade devida às doenças do coração e da hipertensão evoluiu de forma um tanto irregular, tendo a respectiva taxa atingido um máximo em 1962 para depois se esboçar um movimento no sentido da baixa.

É interessante notar, todavia, que a taxa de mortalidade masculina, referente a doenças do cotação e da hipertensão, é pràticamente igual em 1960 e 1965, no passo que a feminina já revela uma quebra apreciável quando se comparam os dois anos extremos. Quanto à mortalidade infantil, iniciou-se em 1962 uma fase digna de registo Efectivamente, a taxa, que no período 1955-1961 havia apresentado, com uma única excepção, valores bastante superiores a 80 (por mil nados-vivos), assumiu a partir de então valores progressivamente menores, cifrando-se o decrescimento global nos últimos quatro anos em 23,9 por mil.

(a)De 28 e mais semanas (não incluídos nas restantes colunas).

Esta melhoria, no entanto, foi principalmente conseguida nas idades compreendidas entre 23 dias e 1 ano, pois se é certo que a componente neonatal tem influenciado a mortalidade infantil no sentido da baixa, não é menos exacto que essa influência se processou em ritmo muito lento. Por outro lado, a mortalidade das crianças com menos de 7 dias, não mostra panorama decididamente favorável, parecendo antes que a taxa tende para a estacionariedade.

Quanto aos nados-mortos, a evolução opera-se no sentido da descida da taxa, mau grado o ligeiro recrudescimento verificado no último ano.

As considerações precedentes levam a concluir serem viáveis grandes progressos futuros neste campo, mas que esses progressos dependerão fundamentalmente dos resultados positivos alcançados na luta travada pelo prolongamento da vida das crianças com meios de 1 mês. Os dados relativos do movimento de fronteiras abrangem nas estatísticas oficiais o movimento geral de passageiros, o de passageiros com o ultramar e a emigração.

O movimento geral de passageiros é formado pelo conjunto das entradas e saídas de passageiros através das fronteiras do continente e ilhas adjacentes, qualquer que seja a sua origem, destino e meio de transporte, excluem-se os militares nacionais ou estrangeiros em força e os ocupantes de qualquer meio do transporte em trânsito que não desembarquem, mas incluem-se, a partir de 1964 os excursionistas que transponham a zona dos serviços de fronteiras para visitar o território português, independentemente da demora e do modo como se desloquem.

A diferença entre os totais das entradas e das saídas constitui o saldo migratório, que, adicionado algèbricamente ao excedente de vidas, permitiu determinar o saldo líquido.

Através do quadro a seguir inserto pode verificar-se que o movimento geral de passageiros tem estado em permanente ascensão desde 1960, ganhando cada vez maior relevo os quantitativos correspondentes aos estrangeiros. De 1960 para 1965 o volume de estrangeiros entrados no País mais do que quadruplicou e no último ano o seu número atingiu pela primeira vez a casa do 1500 000.

Revela também o quadro que o saldo migratório de 1965 foi anormalmente baixo, quando comparado com os do quinquénio anterior. Ora, semelhante saldo parece não

estar em correspondência com o forte volume da emigração. Mas este aparente contra-senso poderá porventura ser explicado em face da já referida circunstância de o movi-