O crédito externo foi utilizado por 745 186 contos em comunicações - em portos, transportes aéreos, ponte de Lisboa e plano de melhoramentos do Porto. A sua comparticipação atingiu 74,2 por cento. Em 1964, esta percentagem arredondou-se em 81 por cento. A diferença para menos derivou de menores gastos por esta rubrica na ponte do Tejo.
Ainda este ano e provàvelmente no ano próximo se destacará do total a verba da ponte do Tejo com 445 471 contos (431 971 contos do crédito externo), representando 46,3 por cento do total (75,4 por cento em 1964). Outras rubricas salientes são as das estradas (274 250 an portes aéreos.
O método de financiamento das diversas obras com as comunicações ressalta das cifras que seguem.
Tirando os pontos, em que uma grande parcela proveio de autofinanciamento, todas as outras obras foram financiadas por empréstimos externos, com excepção das estradas, que utilizaram 107 500 contos de empréstimos internos.
As obras financiadas constam do quadro seguinte.
Por ordem de grandeza, contam-se os investimentos para a intensificação racional das explorações agrícolas com 173 230 contos, a hidráulica agrícola com 164 957 contos, e viação rural com 90 280 contos.
Há, além disso, a quantia de 70 832 contos utilizada em investimentos de maior reprodutiva imediata (designação imprópria), além dos tradicionais investimentos para a valorização rural.
O fomento rural, com 577 028 contos, utilizou 302 708 contos de crédito externo, ou sejam 52,4 por cento. A diferença veio de excessos de receitas ordinárias. Com estas despesas e as já indicadas no capítulo das despesas ordinárias do Ministério da Economia, a agricultura ocupa uma posição dominante.
As cifras distribuem-se como segue:
Contos
Aproveitamentos hidráulicos 2 990
A investigação aplicada às indústrias e o fomento mineiro foram financiados por empréstimos externos. Os trabalhos de estudo de aproveitamentos hidráulicos liquidaram-se com excessos de receitas ordinárias.
Contos
Excessos de receitas 48 260
Crédito externo 208 424
As verbas mais volumosas nesta rubrica foram as dos edifícios escolares, escolas técnicas, liceus e outras (183 500 contos).
Contos
No ultramar 488 500
Nos 488 500 contos de investimentos ao ultramar incluem-se 1000 contos concedidos à Índia. Foram financiados, quanto a 434 223 contos, pelo crédito interno, e a 54 277 contos, por força de excessos de receitas ordinárias.
Utilização das receitas extraordinárias