A compressão de despesas e a melhoria nas receitas ordinárias produziram grande excesso de receitas ordinárias, que atingiram a elevada cifra de 4 749 071 contos, utilizadas em grande parte na defesa nacional.
Os empréstimos internos e externos somaram 1 832 416 contos e foram utilizados na forma já indicada.
Estas cifras são comprovadas pelos seguintes resultados, quanto às receitas e despesas.
Receitas Contos
 O saldo é representado pela diferença entre as receitas e as despesas totais, ordinárias e extraordinárias, num total de 102 772 contos.
  A legitimidade do saldo acima indicado depende da aplicação dos empréstimos em termos estatuídos na Constituição Essa aplicação foi pormenorizadamente indicada no capítulo anterior.
  A diferença entre as receitas e despesas ordinárias e as receitas e despesas extraordinárias foi a que segue.
  Contos
  A primeira observação incide sobre o comportamento das receitas e despesas ordinárias em 1964 e 1965 a diferença entre umas e outras passou de 3 517 147 contos para 4 749 071 contos.
  Em contrapartida, como foi grande a diminuição das receitas extraordinárias em 1964, por menor volume de empréstimos, a diferença entre as receitas e despesas extraordinárias atingiu a elevada cifra de 4 646 299 contos, muito maior do que em 1964 (3 186 026 contos)
  O excesso de receitas ordinárias foi utilizado na forma já indicada O seu volume concorreu para a diminuição do volume de empréstimos.
  Comparando as cifras dos dois últimos anos, notam-se fortes anomalias Assim, a percentagem de empréstimos, no total, desceu de 45,9 para 24,1 por cento e a das receitas ordinárias subiu de 42,1 para 61,8 por cento. E se fossem incluídos os saldos de anos económicos findos ainda seria mais acentuada a dissemelhança entre os dois anos 46,7 e 66,1 por cento no caso das receitas ordinárias em 1964 e 1965, contra 45,9 e 24,1 por cento no caso de empréstimos
  Isto significa que em 1964 as percentagens de empréstimos e receitas ordinárias (incluindo saldos) foram quase iguais, ao passo que em 1965 se fixaram em 66,1 por cento nas receitas ordinárias e 24,1 por cento nos empréstimos, uma diferença de 42 por cento.
  Saldos de anos económicos findos
  Dão-se a seguir os saldos desde 1950
  Milhares de contos
  1950 29,6
  1951 48
  1952 54,3
  1953 80,7
  1954 52,6
  1955 31,2
  1959 30,9
  1960 68,4
  1962 351,9
  1963 151,8
  1964 331,1
  A política de pequenos saldos e de recurso modelado ao empréstimo sobressai na década 1950-1960
  No quadro a seguir indicam-se, ano a ano, as alterações sofridas na gerência e no ano económico