As cifras não são comparáveis em escudos, dada a grande desvalorização da moeda desde o período anteguerra. Apesar disso, nota-se claramente na última coluna, que indica o saldo negativo, melhores valores entre 1950 e 1960, para não falar nos anos em que a balança do comércio acusou um saldo positivo. Parece que a aplicação dos planos de fomento tornou mais precária a balança do comércio. Talvez que o suplemento de poder de compra, assegurado pela inversão de grandes somas na província em obras e outros fins, tivesse como resultado os aumentos de consumo e, deste modo, se reflectisse no acréscimo das importações e indirectamente no déficit comercial.
Este assunto, que é um paradoxo económico, é digno de estudo.
A seguir indicam-se as importações conforme a indicação pautal:
O exame do quadro mostra a variedade e relativa importância das mercadorias de origem externa, com primazia nos produtos do reino vegetal, indústrias alimentares, matérias têxteis e respectivas obras, máquinas e aparelhos, metais comuns e obras e outras secções Mas prevalecem as três primeiras, que somam cerca de metade (110 001 contos) do total (228283 contos). A importação de exigências directamente humanas constitui o fundo da importação.
O milho e farinha de trigo, por quantias que se avizinham de 30000 coutos e são superiores às de 1964, e os tecidos e o açúcar representam mais de um quarto das importações.
É de surpreender a verba de automóveis, que subiu para 7490 contos, mais 3566 contos do que em 1964.