A orientação do comércio externo da província torna menos aguda a sua influência no contexto da economia nacional. É um ponto luminoso que convinha acentuar, dado o desinteresse que os mercados externos, manifestam por produtos cabo-verdianos. Ou será a sua inexistência em condições aceitáveis que dificulta maiores compras? As exportações mal se avizinharam de 38 000 contos, (27 961 contos)

Os produtos do reino animal ocupam o primeiro lugar, com 7412 contos. Nestes produtos a exportação de peixe ocupa mais de metade.

Em suma, as principais secções na exportação, com respectivos valores, são os que seguem:

Os produtos dos reinos animal e vegetal e os das industrias alimentares contêm cerca das três quartos das exportações totais. O progresso em relação a 1964 foi pequeno, apenas sensível no reino animal, de 4 666 contos em 1904 para 7412 contos em 1965.

Os principais produtos exportados, foram os seguintes:

A monotonia das cifras mostra da situação do comércio externo. Apenas no caso da saída de bananas parece haver esperanças a partir de 1962, mas o número de 1965 não as continua.

As conservas de atum, depois de 1963, dão ideia de uma indústria que poderia exercer grande influência na província.

E se também se industrializassem as pozolanas e o sal com transformações químicas, talvez se pudessem reduzir muito os efeitos dos deficits comerciais.

Os consumos da navegação melhoraram para 3545 contos. Mas a cifra das exportações paia o estrangeiro, como já se mencionou, é muito pequena. Não atinge 15 000 contos. No quadro que segue indica-se o destino das exportações de Cabo Verde:

Balança de pagamentos O déficit na balança de pagamentos arredonda-se em 8 416 contos. Dado o aumento nas importações, sem contrapartida nas exportações, parece ser de aceitar este déficit que se obtém, para os últimos anos, do modo que segue:

É de notar o grande aumento de cambiais de origem externa. Atingiram 90 500, como se nota no seguinte quadro: