O problema do déficit, depende da importação, que é alta, e da exportação, que é muito baixa Pode dizer-se que nos consumos dos últimos três anos influíram as importações do Estado, infeccionando-os. Não é curial incluí-las integralmente no movimento do comércio. E assim o déficit será menor. Mas de modo algum se pode dizer que ele desapareceria ou reduziria muito. A Guiné sofre de pequenas exportações A situação agrava-se por provir, na sua quase totalidade, de um único género, que é a mancarra. O peso dos produtos importados manteve-se na cifra das 60 000 t, que representa um considerável aumento em relação a 1962, por exemplo. Neste ano elevava-se a 33 194 t e vero subindo até ao máximo de 62 249 t em 1964.

Em valor, as importações atingiram a cifra de 417 789 contos, menos 13 662 contos do que em 1964.

As alterações nas quantidades de mercadorias importadas são visíveis nos números que seguem.

Toneladas

1962 33 194

1965 60 756

A última coluna exprime as variações no peso das mercadorias importadas. Já antes dos acontecimentos que perturbaram a província se notavam divergências, com inesperadas baixas e altas no volume desembarcado. Mas com as necessidades de defesa de incursões dos países vizinhos, foi necessário reabastecer a Guiné e importar maternal de diversa natureza, o que produziu um aumento no volume de mercadorias importadas.

Como era natural, as dificuldades internas influíram no reabastecimento de produtos alimentares, que sobrecarregam a importação com 90 987 contos, muito pata além dos 64 366 contos em 1964.

Assim, as principais mercadorias na importações constam do quadro que segue.

Contos

Matérias têxteis 7 974

Produtos das indústrias alimentares 90 987

Produtos das indústrias químicas 12 738

Máquinas e aparelhos 33 588

Matais e respectivas obras 7 565

Segundo os boletins emitidos para mercadorias provenientes do estrangeiro, as de maior relevo são o tabaco em folha (29 478 contos), viaturas e acessórios (19 918 contos), arroz (19 764 contos), máquinas e aparelhos (19 687 contos). Há além disso a farinha de trigo (8832 contos), produtos químicos e farmacêuticos (8179 contos) e outras, como carnes bebidas e entre estas últimas destaca-se o whisky, com 1569 contos, cigarros e mais.

O arroz e o tabaco em folha apresentam muito maiores valores em 1965, assim como máquinas, viaturas e outros aparelhos. Há como ponto luminoso manos importação de cigarros, naturalmente substituídos pelo tabaco em folha que aumentou muito Esta ligeira análise pode completar-se com a determinação do valor unitário das mercadorias importadas, que se manteve no nível de 1964, como se verifica a seguir.

As cifras as não destoam das do período de 1955-1962, são até mais baixas, o que melhoraria o equilíbrio para idêntica tonelagem. A importação, que, como se verificou, atingiu 417 789 contos, teve a origem seguinte.

Cerca de 70 por cento das importações provêm de territórios nacionais, sendo dois terços (66,9 por cento) da metrópole. A comparticipação do estrangeiro é alta, da ordem doa 30 por cento. É alta na importação e baixa na exportação, como se verificai á adiante. As exportações desceram 50 374 contos, correspondentes a 18 461t. Na modéstia do comércio externo da província, estas cifras são relevantes e alteram o equilíbrio, apesar da quebra notada nas importações.

É de notar que o valor unitário não baixou. Melhorou para 3344$. Como a exportação tacão é constituída por géneros pobres, este valor unitário é muito inferior ao da importação.

A Guiné já atingiu num ano, em 1961, a exportação de mais de 80 000 t.

Há altas e baixas na tonelagem exportada que depende muito das colheitas de mancaria. Em 1960 o total foi baixo, menos de 50 000 t, mas o de 1965 atingiu o que se poderá considerar um mínimo deve ter sido o resultado de condições climáticas adversas e da intranquilidade provocada por países vizinhos.