A seguir indicam-se em volume e valor as exportações As alterações na exportação estão directamente ligadas às colheitas do amendoim. É o mal da monocultura, que planos de fomento procuram atenuar sem influência visível.

O ano de 1965 não foge à regra. Há possibilidades de diversificação de produções na Guiné, mas a cultura tradicional continua a ser a mancarra Não é ainda aparente a possibilidade de melhorar o rendimento unitário, que é baixo, mas indicações experimentais permitem esclarecer que pode ser muito maior do que actualmente. Se fosse possível levar a população a processos de cultura modernizados, até a monocultura asseguraria melhores resultados no nível de consumos da população.

Para ter ideia da Influência de um só produto na exportação publica-se o quadro seguinte.

Nos 105 840 contos de mercadorias exportadas, o amendoim descascado e em casca comparticipou com 64 292 contos, ou seja 60 por cento.

Todos os outros géneros, somados, apenas preenchem 40 por cento, e, de entre estes, o coconote entra com 28,5 por cento. É sobra estes dois produtos que repousa a economia da Guiné. Se for considerado apenas o ano de 1965, a monocultura - antes, o amendoim - produziu efeitos salutares porque a sua cotação foi alta, como se depreende dos valores unitários publicados a seguir.

A Guiné foi bafejada com boas cotações em 1965, tanto no caso do amendoim como no do coconote. Em ambos os casos as melhorias foram apreciáveis e ultrapassaram as dos últimos seis anos.

É pena que o ultramar português não consiga produzir amendoim para consumo da metrópole. É uma falha grave.

Em 1965 a metrópole importou 532 524 contos de amendoim sem casca e 29 026 contos de amendoim com casca, ao todo 561 550 contos. E a origem foi como segue.

Com territórios tão aptos à produção de amendoim em Moçambique e na Guiné, não parece lógico nem razoável enfraquecer de quase 500000 contos a balança do comércio na compra de amendoim. Aqui está um problema para o Ministério do Ultramar resolver, um dos muitos problemas que podem ter solução.

No caso do coconote, a importação da metrópole foi de 77 497 contos, e tudo veio do ultramar, o que está dentro das normas Este resultado contrasta com o da mancarra Mais de dois terços da mancarra consumida na metrópole provém da Nigéria.

A baixa na exportação da Gume também se reflectiu em outros produtos, mas acentuou-se no amendoim. A metrópole é o grande mercado para os produtos da Guiné. Em 1965 importou 96 000 contos. Os mercados estrangeiros absorveram apenas 8900 contos para uma venda de mercadorias da ordem dos 120 000 contos. Não é que os mercados estrangeiros não possam absorver maio-