A entrada de cambiais aumenta todos os anos, e em 1965 o acréscimo foi da ordem dos 624 000 contos, mas o acréscimo das saídas supera-o quase sempre, com o resultado do agravamento do déficit. No quadro lê-se que as saídas somaram
7 283 000 contos, mais l milhão de contos do que no ano anterior. Nas entradas, nos visíveis, influem os pagamentos das exportações. O total elevou-se a
4 819 000 contos. Mas o aumento das importações produziu nas saídas um acréscimo para 5 306 000 contos nos visíveis, mais 487 000 contos.
Foi possível melhorar a saída de invisíveis em relação às entradas e reduzir a diferença para 142 000 contos Esta diferença havia atingido a cifra de 765 000 contos em 1964.
A seguir indicam-se as saídas de cambiais em 1965:
Visíveis
Estrangeiro 2 323 725
5 305 780
invisíveis
Seguros 32 035
Turismo 278 590
Rendimentos de capitais 291 958
Encargos administrativos 153 702
Transferências privadas 341 426
Operações de capitais privados 283 105
A diferença nas entradas do produto de mercadorias (-13 000 contos) representa a menor exportação e a de 986 000 contos nas saídas reflecte o desenvolvimento das importações e talvez outros pagamentos.
Assim considerando a balança global com o estrangeiro, podem alinhar-se os números que seguem:
A balança com o estrangeiro é francamente favorável, superior a 1 milhão de contos. O problema está na base com territórios nacionais, que apresenta o déficit de l 600 000 contos, números redondos.
déficit é muito grande, da ordem dos l 600 000 contos.
Há saldo negativo com a metrópole (l 579 300 contos), Moçambique (72 000 contos) e Macau (81 500 contos), e positivo com Cabo Verde (35200 contos), Guiné (7600 contos), S Tomé e Príncipe (25 800 contos) e Timor (208 contos).
Convém verificar a origem do saldo negativo com a metrópole, porque é sobre ele que devem recair as atenções, se houver o propósito de equilibrar a balança cambial ou, pelo menos, reduzir o déficit ao mínimo.
Algumas das indicações do parecer do ano passado foram atendidas, e foi possível reduzir saídas volumosas, mas a foiça das circunstâncias, com o aumento nas importações e descida nas exportações, anularam o efeito dessas reduções.
Na balança com a metrópole há a considerar o seguinte:
A diferença entre as impor tacões e exportações para a metrópole foi de 638 300 contos (2 661 032 contos nas importações e 2 022 762 contos nas exportações) Não se compreende bem o saldo negativo de l 316 700 contos entre o débito e o crédito assinalado nos números do quadro. É esta diferença que afecta o saldo global.
O Estado, com a entrada (saldo) de 668 500 contos, amparou as transferências.
Convir a olhar com atenção para a saída de divisas para pagamento de mercadorias. Há qualquer coisa de