actividades. As suas receitas elevaram-se a 275 432 contos. Acusa as despesas de 226 219 contos. Recomenda-se que à semelhança dos outros organismos indique pormenores sobre os seus gastos. Este problema do povoamento precisava de ser revisto.

Os pareceres, quase desde o seu início, têm oposto reparos ao povoamento na forma em que se tem processado. Em Angola têm-se gasto elevadas quantias, principalmente no colonato da Cela, visitado pelo relator das Contas numa das suas idas à província, e sobre o qual se emitiram opiniões nestes pareceres. Também depois se utilizaram grandes quantias em aquisições de maquinaria e instrumentos agrícolas que não parece Ter obedecido a regras de aproveitamento adequado dos investimentos.

O povoamento dirigido inteiramente financiado pelo Estado não é solução. Nunca pode levar a resultados satisfatórios. Só um desenvolvimento económico conveniente, em zonas próprias, com mira à produção para consumos internos e exportação, firmado em estudos certos, pode fixar os excessos populacionais metropolitanos. Os investimentos disponíveis têm também de Ter este objectivo.

E eles não são demasiados para a obra a realizar na província.

Receitas extraordinárias Voltaram a subir para 940 780 contos as receitas extraordinárias, e por esse motivo aumentou o recurso ao empréstimo, que se deveu a 447 040 contos. Este acréscimo foi devido ao desenvolvimento das despesas extraordinárias, que atingiram idêntica quantia. Houve necessidade de mobilizar maiores somas de saldos de anos económicos findos e de empréstimos.

Estes factos deram-se apesar do grande desenvolvimento das receitas ordinárias. Assim o total das receitas de Angola atingiu 5 238 884, que é o máximo alcançado até hoje.

O problema das receitas ordinárias e extraordinárias em Angola precisa de ser visto à luz do recurso ao empréstimo e da aplicação de outros recursos, que são relativamente grandes. A evolução das receitas extraordinárias durante certo número de anos consta do quadro seguinte:

Os empréstimos haviam diminuído para cifra inferior a 400 000 contos em 1964. O acréscimo em 1965 parece não se justificar, como se procurará esclarecer mais adiante. No Plano Intercalar de Fomento gastaram-se 752 432 contos. O aumento das receitas extraordinárias é resultante do desenvolvimento da despesa no plano de fomento, como se observa no quadro que segue: