o grande aumento de despesas nos serviços autónomos, acompanhando as receitas trouxe o acréscimo total de 478 744 contos, apesar da diminuição de 26 573 contos nas despesas extraordinárias.
Ao serem analisadas as receitas, verificou-se que o seu aumento se elevara a cerca de 483 000 contos, com a diminuição de 13 833 contos nas extraordinárias.
Assim, no que respeita a despesa e receita, esta subiu um pouco mais.
As despesas ordinárias aumentaram 505 317 contos, enquanto as receitas ordinárias cresceram 483 000 contos. Houve pois o agravamento nas despesas ordinárias em relação a idênticas receitas.
Nos últimos anos as despesas ordinárias, sem os serviços autónomos, têm aumentado 194 861 contos em 1964, 198 515 contos em 1965. Este agravamento das despesas ordinárias traduz-se nos saldos, dado que as despesas e receitas dos serviços autónomos são contabilizadas por quantias idênticas.
A seguir indicam-se as despesas ordinárias e extraordinárias, incluindo nas primeiras os serviços autónomos.
não é conveniente gastar mais do que se recebe e nos dois últimos anos assim tem acontecido em Moçambique no orçamento ordinário.
Deveria prosseguir-se na política de acentuar as receitas em relação às despesas.
Embora as contas de Moçambique sejam perturbadas pela afluência de meios provenientes dos transportes e outros serviços autónomos, a política das receitas próprias não deve ser descurada.
No quadro a seguir inscrevem-se os aumentos dessas receitas e despesas em cada ano:
As diferenças influenciam os quantitativos dos saldos, que, por sua vez, influenciam o nível dos empréstimos ou a obra realizada através dos planos de fomento ou não.
Angola e Moçambique
As receitas totais de Moçambique são maiores do que as de Angola devido à grande diferença das receitas dos serviços autónomos. Mas as receitas próprias ordinárias em Angola sobrelevam as de Moçambique por cerca de 162 584 contos. No quadro seguinte comparam-se as receitas das duas províncias.
a diferença nos serviços autónomos é a ordem dos 818 917 contos. A influência do tráfego dos portos e caminhos de ferro de Moçambique produz esta diferença que seria muito menor se o caminho de ferro de Benguela fosse explorado pelo Estado. A sua receita em 1965 elevou-se a 581 931 contos.