lização, como agentes de promoção sócio-económica e como factor de enriquecimento para terras onde o pão escasseia e para gentes em debandada, na emigração ou na fuga para as cidades.

Regularizando o rio e seus afluentes, estabelecida uma navegação que tudo indica possível, hão de os visitantes multiplicar-se por factores inesperados.

Um plano turístico há-de ter em conta o rio em si e os seus afluentes, os monumentos que lhe povoam as margens, os centros populacionais carregados de história, como Tomar, Abrantes, Belver, Flor da Rosa etc... há-de, sobretudo, confiar em que há turistas para as alturas da Estrela, de Alvelos, do Moradal, em todas as estações do ano, há-de prever que as belezas das florestas hão-de albergar casas de veraneio para gentes que desertam as cidades e as praias em busca de sossego e de desconcentração.

Fora e antes de qualquer plano, imediatamente, haverá que projectar, orientar e constituam algumas infra-estruturas e haverá que canalizar algumas contentes do turismo de nacionais ou de estrangeiros para o interior. Será uma maneira rápida, prática e económica, de levar algum vislumbre de progresso e bem-estar a regiões depauperadas e desprovidas de quase tudo o que a vida contemporânea da Europa oferece.

O turismo e as indústrias implicar no desenvolvimento imediato da rede rodoviária. Para não me alongar, apontarei apenas alguns casos mais prementes.

As estradas n.ºs 2 e 3 deverão progredir imediatamente a primeira carece pràticamente de uma ponte para ligar o Norte do País, pela Sertã e Vila de Rei com o Sul, por Abrantes, fulcro de um dos centros com maiores possibilidades no desenvolvimento regional, como acima se apontou, à segunda, que encurtará o percurso Vilar Formoso-Lisboa em cerca de 90 km, faltam pequenos troços. A estrada n.º 241 faltam cerca de 20 km entre Espinho Grande e Perdigão. Sem esta obra, ficará irrediàvelmente comprometido o polo industrial previsto para Vila Velha de Ródão. Importante ainda para o mesmo pólo industrial, o desenvolvimento da estrada n.º 351 entre Olenos e Sobreira Formosa, porque as madeiras dos 25 000 ha de pinhal daquele concelho terão de percorrer mais 80 km e de ser oneradas pelo respectivo frete.

Quis, ao longo desta intervenção, lembrar a quantos colaboram ou vierem a colaborar no Plano de Fomento em organização, uma vasta, e promissora realidade, que, pedindo já obras de certa importância, obriga sobretudo a estudos de conjunto que, se não dominarem os trabalhos hão-de ser neles uma preocupação de primeira grandeza.

Quero ainda solicitar humildemente aos centros de decisão que, no momento das opções, assomem as janelas e deixem as brisas do Tejo penetrar livremente.

Que os sábios, que estudaram estas questões e os técnicos que conhecem algo destes problemas me perdoem a lembrança.

Faço-a em reparação patriótica pelo esquecimento a que tem sido votado o grande e promissório!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.

Amanhã haverá sessão à hora regimental, com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 45 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão.

Albano Carlos Pereira Dias de Magalhães

Aníbal Rodrigues Dias Correia.

Antão Santos da Cunha.

António Augusto Ferreira da Cruz.

António Calapez Gomes Garcia.

António Calheiros Lopes.

António Maria Santos da Cunha.

Arlindo Gonçalves Soares.

Armando Acácio de Sousa Magalhães.

Armando José Perdigão.

Artur Alves Moreira.

D. Custódia Lopes.

Ernesto do Araújo Lacerda e Costa.

Fernando Afonso de Melo Geraldes.

Fernando Alberto de Oliveira.

Francisco António da Silva.

Gustavo Neto de Miranda.

Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro.

Jaime Guerreiro Rua.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

José Coelho Jordão.

José Dias de Araújo Correia.

José Gonçalves do Araújo Novo.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Leonardo Augusto Coimbra.

Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.

Manuel João Correia.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Martinho Cândido Vaz Pires.

Rogério Noel Pires Claro.

Rui Pontífice de Sousa.

Sebastião Garcia Ramirez.

Simeão Pinto de Mesquita de Caravalho Magalhães.

D. Sinclética Soares Santos Torres.

Teófilo Lopes Frazão.

Srs. Deputados que faltaram à sessão.

Albino Soares Pinto dos Reis Júnior.

Álvaro Santa Rita Vaz.

André da Silva Campos Neves.

António Magro Borges de Araújo.

Armando Cândido de Medeiros.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Augusto Duarte Henriques Simões.

Aulácio Rodrigues de Almeida.

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

Elísio do Oliveira Alves Pimenta.

Henrique Veiga do Macedo.

José Guilherme Rato de Melo e Castro.

José Henriques Mouta.

José Pinheiro da Silva.

Manuel Henriques Nazaré.

Manuel Marques Teixeira.

Rafael Valadão dos Santos.

Tilo Lávio Maria Feijóo.