de contos, o que traduz expansão a igual taxa média anual, fundamentalmente determinada pelo crescimento dos depósitos variáveis, que no mesmo período acusaram aumento médio anual de 8,9 por cento - idêntico ao registado no montante dos prémios de seguros de acidentes de trabalho, de que os depósitos variáveis são função.

Por seu turno, os lucros não distribuídos das sociedades de seguros nacionais, após a elevação verificada nos primeiros anos do período de 1958-1964 - 79,9 por cento -, experimentaram sensível contracção a partir de 1962. Esta quebra deve imputar-se, fundamentalmente, ao agravamento das condições de exploração de alguns ramos de seguros, particularmente os de automóveis e responsabilidade civil e de acidentes de trabalho. Importa ainda referir que os resultados dos exercícios das sociedades estrangeiras revelam evolução muito irregular, a que, no entanto, não deve conferir-se significado especial, por apenas respeitarem, em geral, às operações de seguro s directos, dado que o movimento do resseguro é feito nas respectivas sedes e, por isso, não é contabilizado em Portugal.

As disponibilidades imediatas das sociedades de seguros, das quais uma pequena parte pode ser investida, são representadas essencialmente por depósitos bancários.

O volume destes depósitos, que em 1958 era de 265,1 milhares de contos, elevou-se a 396,3 milhares de contos em 1964. O seu movimento ascensional apresentou-se algo irregular, por depender da maior ou menor rapidez de cobrança dos prémios de seguros, das liquidações das contas de resseguros e também das oportunidades de se efectuarem investimentos em condições satisfatórias, dos pontos de vista de qualidade e de rendimento.

Depósitos bancários

Na sequência do comportamento esquematizado das principais variáveis definidoras da capacidade de financiamento das empresas seguradoras, pode analisar-se, através do quadro XXXII, a forma como se processou a mobilização dessa capacidade no decurso do período de 1958-1964, tanto no que se refere a sociedades de seguros nacionais como a estrangeiras.

Quanto às sociedades nacionais, têm assumido posição preponderante no total das aplicações efectuadas os títulos de crédito e, em especial, os imóveis - cuja importância relativa aumentou, ainda que ligeiramente, nos últimos anos.

No que se refere aos títulos de crédito, assinale-se a preferência conferida aos títulos particulares, entre os quais se destacam os títulos de rendimento variável (acções). Os títulos da dívida pública e equiparados têm revelado ultimamente, em valor absoluto, acentuado progresso - em consequência, designadamente, da exigência de um mínimo de 15 por cento de aplicação das reservas técnicas naqueles títulos, em virtude de disposição legal promulgada em 1961.

Investimentos das empresas seguradoras