Depreende-se que:

Na pesca, na electricidade e nas indústrias transformadoras, a evolução da produtividade foi, ao longo de 1953-1964, superior, à dos salários nominais;

Nas indústrias extractivas, na agricultura e nos bancos, seguros e operações sobre imóveis l, pelo contrário, nota-se, ao longo do mesmo período, uma evolução da produtividade predominantemente inferior à dos salários nominais;

No comércio, nos serviços e nos transportes verificam-se, a partir de 1958-1959, evoluções mais ou menos opostas e, até certo ponto, complementares das existentes até essa data. As duas primeiras actividades, que registaram evolução da produtividade superior à dos salários no primeiro período, tiveram, no decurso do segundo, aumentos de salários superiores aos da produtividade, sobretudo no caso do comércio; nos transportes verificou-se o contrário;

Na construção, a produtividade, até 1963, teve crescimento inferior ao dos salários, registando-se apenas no último ano uma acentuada subida da quela em relação a estes.

Evolução da produtividade e das remunerações médias anuais, por classes da indústria transformadora, segundo a amostra total da estatística industrial

Preços correntes

Dentro das indústrias transformadoras, os sectores onde se verificou uma evolução da produtividade superior à dos salários foram, designadamente:

Têxteis.

Transformadoras diversas.

B1:

Papel.

Produtos minerais não metálicos.

Borracha.

Bebidas.

Químicas.

Máquinas e material eléctrico. Muito embora os factores que, teòricamente, devem condicionar a evolução das remunerações sejam, como já se salientou, os aumentos do custo de vida e da produtividade, sem dúvida que, na prática, um dos principais factores determinantes é a situação do mercado de trabalho. Com efeito, enquanto a evolução do custo de vida e, em parte, os aumentos de produtividade constituem instrumentos de uma política de rendimentos

1 Para facilitar, designar-se-á esta divisão apenas pela primeira expressão, ou seja, bancos.