propícios à obtenção, nos próximos anos, de fortes taxas de crescimento do produto industrial. A realização de alguns empreendimentos à escala desses mercados permitirá alcançar, em diversos sectores, substanciais incrementos relativos, e o aproveitamento de reservas dó produtividade latentes na grande maioria das empresas também poderá conduzir a notável expansão, pelo alargamento dos mercados em que essas empresas se mostrem competitivas.

São objectivos deste III Plano a aceleração do desenvolvimento industrial, pela promoção de novos empreendimentos de provada capacidade concorrencial, e o fortalecimento do poder competitivo das unidades actualmente em laboração, bem como a criação de condições de elevado ritmo de crescimento para além do III Plano, mediante os investimentos intelectuais necessários para que no País se possam gerar e difundir os conhecimentos que estão na base das modernas sociedades industriais.

Trata-se de estimular novas iniciativas, orientar os recursos, nomeadamente financeiros, para os empreendimentos de maior e mais rápida reprodutividade, impedir práticas restritivas prejudiciais ao desenvolvimento económico, reorganizar, dinamizar e coordenar as intervenções do sector público na orientação do desenvolvimento industrial. Relativamente às indústrias extractivas, as projecções elaboradas pelos serviços competentes, de acordo com os estudos próprios e a colaboração prestada pelos empresários, indicam a possibilidade de se obter, durante este III Plano, a taxa de crescimento de cerca de 11 por cento para o valor bruto da produção, embora este ritmo dependa da confirmação das tendências de evolução do mercado mundial e da concretização da exploração do jazigo de Moncorvo. Os resultados a que se chegou sintetizam-se nos dois quadros seguintes (quadros II e III).

(Valores em contos, referidos a 1963)

Fonte: Elementos colhidos no relatório da Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos «Projecções da indústria para o período do III Plano de Fomento». Não são considerados os minérios radioactivos. Quanto à indústria transformadora, os objectivos a que se subordina este III Plano foram estabelecidos em estreita colaboração com o sector privado, através da larga representação que lhe foi assegurada no grupo de trabalho respectivo.

Como já se referiu, o ritmo de crescimento anual observado no período de 1953-1065 foi de 8,8 por cento. Os trabalhos preparatórios deste III Plano revelaram a possibilidade de melhorar aquela taxa. Assim, afigura-se possível fixar a expansão anual de 9 por cento como objectivo desejável a alcançar no hexénio que termina em 1973. Este objectivo poderá vir a ser ultrapassado, mas a prudência aconselha a toma-lo como referência enquanto não se conhecerem os resultados das medidas de política industrial tendentes a criar, como há pouco se apontou, condições favoráveis à iniciativa privada e que são enunciadas nas linhas seguintes deste capítulo.

Para esse efeito, as indústrias metalomecânicas produtoras de bens de equipamentos, os ramos novos da indústria química, as actividades transformadoras de produtos agrícolas e silvícolas que mais ràpidamente possam, contribuir para a desejada reestruturação do sector primário e a indústria têxtil devem considerar-se prioritários. As empresas que neste domínio se proponham acções de expansão ou de aumento de competitividade, de acordo com condicionalismos específicos a fixar nos programas