anuais de execução do Plano, terão preferência na concessão dos incentivos e estímulos previstos para o apoio ao desenvolvimento industrial. Poderão ainda beneficiar de prioridade, sempre em termos a definir nos programas anuais, as iniciativas de diversificação ou de reconversão a que se reconheça interesse.

No condicionalismo a estabelecer para a concessão do regime prioritário, atender-se-á sobretudo à reprodutividade dos investimentos, em termos de contribuição para o produto e para a exportação. As projecções do produto da indústria e a sua estrutura em 1973 constam do quadro IV e foram obtidas a partir dos seguintes elementos: estudos conduzidos sectorialmente e a nível horizontal pelo Grupo de Trabalho da Indústria; decisões tomadas em matéria de política industrial; e participação que, nos estudos de planeamento global, foi atribuída à indústria no incremento do produto nacional.

Como já se referiu no Plano Intercalar, o crescimento das diferentes actividades industriais processar-se-á a ritmos muito diversos, determinados fundamentalmente pela natureza dos diferentes sectores, pelo seu papel estratégico, pelas suas modalidades e pelas tendências do passado recente. As respectivas taxas de crescimento são coerentes com a de 9 por cento fixada para a totalidade da indústria transformadora e confirmam a sua possibilidade.

Projecção do produto e estrutura da indústria transformadora

Fontes: Coluna 1: Instituto Nacional de Estatística, Contabilidade Nacional. Para 1965 procedeu-se à desagregação das indústrias da borracha, calçado e tabacos, de acordo com a estrutura respectiva em 1965;

Coluna 2: Taxas previstas para o período de 1966-1967 de acordo com a programação industrial S. E. I. As indústrias têxteis, do vestuário e calçado foram projectadas para 1967, em conjunto, à taxa de 8 por cento, tendo-se desagregado a do calçado, de acordo com a estrutura de 1966.

Coluna 6: Taxas fixadas tendo em conta os estudos sectoriais do Grupo de Trabalho da Indústria. A indústria da alimentação e das bebidas aparece com a taxa de crescimento de 6 por cento, igual à que se previa para o Plano Intercalar e um pouco superior à verificada no período 1953-1965.

Dentro das prioridades fixadas, as acções a desenvolver no domínio do sector primário aparecem secundadas pela industrialização dos seus produtos, o que permitirá realizar a taxa de acréscimo de 6 por cento admitida.

A percentagem desta actividade na formação do produto da indústria baixará para 7,9 em 1973, devido ao desenvolvimento favorável que deverão tomar os outros ramos industriais num estádio mais evoluído. O Grupo de Trabalho (Subgrupo das Indústrias Têxteis) indica que, para o conjunto do sector têxtil e do vestuário, é de admitir, durante o Plano, um crescimento à taxa anual média de 5 por cento (limite inferior de 4 por cento e superior de 6 por cento). Adoptou-se a taxa de 5 por cento recomendada pelo sector, dado a situação actual não ser favorável a previsões mais optimistas. Também o peso deste ramo no produto industrial acusa a evolução conveniente, baixando para 16,1, em confronto com 25,9 e 22,8, respectivamente, em 1965 e 1953. As indústrias da pasta, papel e cartão, imprensa e artes gráficas cresceram, no período de 1953-1965, à taxa de 8,5 por cento. Previu-se que no período do Plano Intercalar este crescimento sofresse aceleração, passando para 17 por cento. A sua posição no produto industrial foi de 4,4 por cento e 5 por cento, respectivamente, em 1953 e 1965, e será de 5,6 por cento em 1967. O Subgrupo de Trabalho que se ocupou desta actividade apre-