dução das ilhas adjacentes em 1964 foi de 3 071 000 l, da qual 2 493 000 l (81,2 por cento do total) foi de cerveja branca. A taxa média acumulada foi, no período de 1953-1964, de 6,1 por cento, tendo sido a de cerveja branca de 7,7 por cento e a de cerveja preta e escura de 1,2 por cento. O consumo metropolitano per capita de cerveja em 1964 não chegou a atingir os 5,5 1. No período atrás referido verificou-se uma nítida tendência para o aumento da produção de cerveja, embora alguns factores independentes das empresas produtoras tivessem contrariado essa tendência, como foi o aumento do imposto de consumo verificado em 1962. A evolução da qualidade foi notável, tendo sido introduzido um novo tipo de cerveja, com o objectivo de o consumidor dispor de todos os tipos que desejar.
§ 2.º Objectivos e orientações básicas
2.1 - Indústrias caracterizadamente de consumo interno
comparada com a de outros países -Espanha 561, Finlândia 3001-, que a indústria se debata com o grave problema de falta de matéria-prima.
O objectivo básico a atingir para solucionar os problemas deste ramo industrial tem de ser realizado através do sector primário. É urgente produzir-se mais leite, até porque as capitações de consumo de lacticínios em Portugal são muito baixas em confronto com as da Europa evoluída - manteiga: Portugal 0,7 kg, Alemanha 7 kg, França 7 kg, Suécia 9 kg, Bélgica 10 kg; queijo de vaca: Portugal 0,5 kg, Holanda 7 kg, Suécia 8 kg, França 9 kg.
Embora a produção de leite no nosso país tenha duplicado nos últimos vinte anos, o Governo, consciente da necessidade urgente da realização de uma política intensificadora neste sector, publicou os diplomas necessários para se promover o fomento pecuário, com vista a incrementar a produção de carne e leite, e preparou nova legislação sobre rações, em vias de publicação.
A obtenção de leite ma is gordo por uma alimentação mais racional aconselha ao aumento da produção forrageira qualificada, incluindo os alimentos compostos para arraçoamento de gado.
Conviria, sobretudo, interessar a indústria de lacticínios no fomento pecuário leiteiro, promovendo ao mesmo tempo uma concentração da indústria, actualmente dispersa por 215 fábricas.
A produção de farinhas de trigo com peneiração tem apresentado crescimento muito reduzido, consequência da tendência evolutiva do consumo de pão, sendo o acréscimo verificado no período - 1961-1964 - imputado, praticamente, ao correspondente aumento da população.
São vários os factores que contribuem para esta estagnação, além da melhoria do nível de vida.
A inferior qualidade das matérias-primas em face do critério de valorização do cereal em função do peso do hectolitro, sistema este já abandonado no estrangeiro, tem conduzido a lavoura à cultura de variedades de reduzido valor tecnológico. Simultaneamente, as impo rtações frequentes, de trigo, função do mais baixo preço, têm também colaborado na má qualidade das farinhas e sêmolas produzidas, o que tem tido nocivo reflexo sobretudo na indústria de massas alimentícias e bolachas, com prejuízo tanto para o consumo interno, como para a exportação.
Apesar das concentrações de empresas e fábricas verificadas neste sector, está-se longe de ter atingido o regime de trabalho, universalmente aceite, de 24 horas por dia, dado que ainda hoje não chegam a utilizar 50 por cento da sua capacidade de produção. Para tal tem contribuído a existência paralela de uma indústria de moagem de ramas, que, mercê de artificialismos impostos à moagem de espoadas, atrofia a estrutura deste sector.
Todavia, se a indústria com peneiração, tècnicamente actualizada, for libertada de condicionalismo de preços que servem de obstáculo à sua expansão, parece fora de dúvida que, por evolução natural, a moagem de ramas acabará por ficar reduzida a uma posição semelhante à de outros países, ou seja, o simples abastecimento privado, com o que a economia muito lucrará, dadas as maiores extracções conseguidas.
A remuneração da indústria de moagem espoada, que desde 1948 não recebia qualquer melhoria, foi bastante beneficiada com a publicação do despacho do Ministério da Economia de 10 de Maio de 1966, que definiu as bases do apoio técnico e financeiro à lavoura e da concessão de dotações à cultura cerealífera.
Outras providências para ajudar à resolução dos problemas desta indústria serão as seguintes:
2) Actualização da taxa de transformação;
3) Criação de cursos técnicos de moagem para a preparação conveniente de pessoal especializado;
4) Remoção das dificuldades do transporte ferroviário a granel, que é a modalidade mais rentável;