que interessem aos principais produtos têxteis portugueses;

e) Desenvolvimento dos esquemas de formação operária e de aprendizagem já em curso e seu alargamento a todas as actividades do ramo têxtil. Organização de cursos médios nos institutos industriais, especialmente destinados à indústria têxtil. Consolidação das especialidades têxteis nas escolas superiores de engenharia;

f) Criação de um instituto especializado para promover a investigação aplicada de que a indústria necessita, de preferência com a participação dos organismos públicos e privados ligados ao sector;

g) Aperfeiçoamento da informação estatística relativa ao conjunto deste sector, principalmente no tocante à cobertura do movimento dos fornecimentos dos diversos ramos uns aos outros e de cada um deles ao exterior.

Investimentos

Em relação ao consumo final interno, deve continuar a verificar-se a reduzida taxa de aumento da procura, que tem sido característica dos últimos anos: 2,5 por cento ao ano para a têxtil algodoeira e valores semelhantes para lanifícios e juta. Com taxas de crescimento possivelmente superiores situar-se-ão as indústrias de confecção, malhas e telas impermeáveis. Como já se assinalou, o incremento da exportação de confecções de tecidos nacionais pode dar origem a aumento aparente do consumo interno de tecidos, principalmente de algodão. Isolando este efeito, o consumo interno de artigos de algodão e fibras artificiais e sintéticas deve situar-se na ordem das 38 000 t em 1968, subindo depois à taxa média estimada de 2,5 por cento ao ano.

Em relação às exportações, as previsões são extremamente aleatórias, quer pela escassez de elementos de análise, quer por se tratar de mercados relativamente recentes e sujeitos a modificações de vulto por via de restrições e contingentamen tos, quer ainda pela já visível alteração da estrutura das nossas exportações têxteis, com maior relevo para os artigos confeccionados, e, consequentemente, abrandamento nos produtos primários (fios e tecidos). Assim, é de esperar que as exportações de fios e tecidos de algodão e fibras artificiais não cresçam a taxas anuais superiores a 4 ou 5 por cento. Por outro lado, as exportações de confecção, malhas, juta. cordoaria e mesmo de lanifícios podem vir a crescer a taxas anuais médias entre os 5 e 10 por cento. Nas procuras totais, e em resultado das estimativas indicadas, prevê-se um crescimento à taxa média anual da ordem dos 4 por cento para o sector do algodão e fibras artificiais e sintéticas, enquanto para os lanifícios a taxa média de expansão poderá vir a situar-se nos 5 ou mesmo 6 por cento.

No conjunto do sector têxtil e do vestuário é de admitir um crescimento durante o Plano, traduzido pela taxa anual média de 5 por cento (limite inferior de 4,5 por cento e superior de 6 por cento).

Pela grande importância que assumem na nossa balança de pagamentos, interessa registar os valores absolutos a que provavelmente conduzirá a expansão do sector têxtil algodoeiro e que, expressos em, toneladas das matérias-primas básicas (algodão e fibras artificiais), serão das seguintes ordens de grandeza:

Toneladas

A repartição entre o algodão em rama e as fibras artificiais e sintéticas, aquele fornecido parcialmente pelas províncias ultramarinas e o restante importado do estrangeiro, e as outras fibras a importar e a adquirir à nascente indústria portuguesa da especialidade será muito aproximadamente a seguinte:

É possível, no entanto, que, principalmente a partir de 1970, se verifique maior participação das fibras artificiais e sintéticas em substituição do algodão.

Apenas no relatório preliminar da indústria têxtil algodoeira se contêm indicações sobre esta matéria. Com base nelas, e admitindo um aumento de produtividade de cerca de 7 por cento por ano durante o período do Plano, que será verdadeiro imperativo para a indústria, a população fabril (operários e empregados) diminuirá sensivelmente, passando de cerca de 67 000 em 1968 para cerca de 60000 a 61000 em 1973. Nestes números inclui-se uma parcela crescente de empregados (de cerca de 4000 em 1968 para 5000 em 1973) e um correspondente decréscimo de operários.

Quanto aos restantes sectores, é natural verificar-se também alguma redução de efectivos nos lanifícios e aumentos nos sectores da confecção, malhas e tapeçarias, pelo que é possível que o número total (cerca de 140 000 operários e empregados) não sofra grande alteração.

3.3 - Investimentos

Com excepção do sector da juta, que no respectivo relatório apresentou o número de 130 000 contos, como previsão do investimento total a realizar no período de 1968 a 1973, nada de concreto se conhece neste capítulo fundamental das previsões para o Plano.

O sector têxtil algodoeiro apresentou uma estimativa para o aumento da capacidade instalada, que se transcreve: