Este aumento foi, como é natural, mais acentuado na produção de pasta, papel e artigos de papel (9 para 13 por cento), do que na produção da imprensa e artes gráficas (9 para 11 por cento).

O número de pessoas ocupadas em cada instalação variou de 11,5 para 14,5, o que demonstra evolução favorável na grandeza das unidades.

Esta variação foi de 30 para 38 no caso das indústrias da pasta, do papel e de transformação de papel, e de 8,4 para 9,2 para a imprensa e artes gráficas.

Os números mostram também a diferença de grandeza média das instalações de um e de outro grupo de indústrias consideradas.

O sector acusa acentuada falta de mão-de-obra, especialmente de pessoal, qualificado, por insuficiência de preparação técnica e profissional.

Também se deparam dificuldades provenientes da analfabetização nos quadros das fábricas antigas, bem como falta de mentalização industrial a quase todos os níveis.

A perspectiva da evolução da mão-de-obra necessária para acompanhar a evolução da produção melhorará com o aumento do nível educacional que se espera por acção dos sectores responsáveis.

Em 1964 as remunerações pagas pelo sector somaram 533 milhares de contos, dos quais 339 milhares pelas indústrias, de imprensa e artes gráficas, 55 milhares pelas indústrias de fabricação de artigos de papel, cartolina e cartão, 108 milhares pela fabricação de papel, cartolina e cartão e 31 milhares pela indústria de pasta para papel.

1.3 - Equipamento

A capacidade produtiva das instalações vem sendo utilizada em bom grau no caso das indústrias do papel e dos artigos de papel, atingindo 100 por cento no caso da indústria de pasta para papel.

No caso das indústrias gráficas já se não pode dizer o mesmo, visto que se admite não exceder os 60 por cento a utilização da capacidade instalada.

A capacidade produtiva está quase exclusivamente absorvida pela procura interna, salvo no caso da indústria da pasta para papel, em que mais de metade da produção se destina à exportação.

É elevado o grau de obsolescência de numerosas unidades, mas, a par destas, há considerável número de unidades modernas, especialmente no caso do fabrico de pasta para papel.

1.4 - Investimentos e respectivos financiamentos

O valor dos investimentos não é fácil de avaliar, a não ser no caso da indústria de pasta para papel. O quadro a seguir indicado pode dar uma ideia grosseira dos investimentos a preços correntes (contos) dos últimos anos.

Investimentos efectuados em 1961-1964 por sectores

Estes investimentos, nos casos das indústrias de papel e cartão, de artigos de papel e das artes gráficas, representara os investimentos de que é possível ter a certeza, mas, na realidade, devem ter sido bastante superiores. Não é possível obter dados concretos sobre o financiamento do sector. Tem predomínio, no entanto, o autofinanciamento, seguido do recurso à Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, à banca comercial e ainda ao estrangeiro.

1.5 - Investigação

Apenas no que respeita ao aproveitamento de matérias florestais e outras com vista ao fabrico de pastas papeleiras se tem feito alguma investigação, quer no sector privado, quer no sector público.

1.6 - Mercados

O mercado do sector reparte-se pelo consumo final interno, pelos fornecimentos a outros sectores e pela exportação, na proporção de respectivamente, 56, 33, 12 e 11 por cento. Actualmente, a exportação apenas assume particular relevo na indústria de pasta para papel, tendo representado em 1964 cerca de 70 por cento do mercado desta actividade.

Destino e produção em 1964

Nota. - Não se consideraram as existências em armazém.

Mercado externo em 1964

Contos

Nota. - A exportação das indústrias gráficas representada por livros e impressos destinou-se em cerca de 90 por cento ao Brasil.