damente dos tipográficos. Estas indústrias não sentem a concorrência externa por ser forte a barreira alfandegária.

A conquista dos mercados externos terá de intensificar-se, no caso da pasta para papel, e a indústria do papel deverá confirmar as suas possibilidades durante o período do Plano.

Quanto às outras indústrias, não se espera alteração sensível do panorama actual, salvo numa ou noutra actividade impressora.

As modernas técnicas de organização e de gestão, tais como estudos dos mercados, verificação de existências, racionalização dos circuitos de fabrico, estudo e organização de postos de trabalho e selecção de pessoal, têm sido utilizadas, em maior ou menor grau, nas empresas de maior dimensão e mais actualizadas.

A prática, de elaboração de orçamentos financeiros não está generalizada, mas é já seguida em algumas unidades. Diversas empresas têm organizado cursos rápidos de formação profissional do pessoal e as mais progressivas dispõem de estrutura conveniente e promovem estágios no estrangeiro dos mais directos colaboradores.

A Corporação da Imprensa e Artes Gráficas, como coordenadora dos organismos corporativos do sector, tem promovido e colaborado em iniciativas de formação profissional, organização técnica e gestão (Centros de Formação Profissional de Artes Gráficas de Lisboa e do Porto), estudos e visitas ao estrangeiro.

2.10 - Acção do sector público

As principais medidas a encarar são as que a seguir se enumeram, sendo umas específicas de cada uma das indústrias abrangidas pelo sector e outras comuns a todo o sector:

1.º Estabelecimento de infra-estruturas adequadas no que respeita à florestação, transporte- e comercialização de madeiras;

2.º Revisão da capacidade de produção da indústria, quer pelo aumento de capacidade das actuais unidades, quer pela concessão de novas licenças condicionadas a mínimos técnico-económicos.

1.º Incentivos ao melhor dimensionamento e especialização das unidades papeleiras, de modo a alcançarem uma estrutura racional e econòmicamente válida;

2.º Estímulo à integração com unidades produtoras de pasta das unidades papeleiras, cujas produções assim aconselhem;

Relativas à imprensa e artes gráficas

1.º Providências com vista a facilitar, a exportação de livros e publicações periódicas, como, por exemplo, a fundação e manutenção no Rio de Janeiro de uma Casa do Livro Português, dirigida e administrada pelo Grémio Nacional dos Editores e Livreiros; fundação de Casas do Livro em Angola e Moçambique; encurtamento dos prazos necessários para as transferências de créditos das províncias ultramarinas;

2.º Extensão ao ultramar do serviço de cobranças de assinaturas por parte dos CTT e revisão das taxas pagas por este serviço no continente;

4.º Promoção do hábito da leitura nas camadas mais jovens;

5.º Estudo com vista à concessão de facilidades fiscais para a imprensa.

Relativas a todo o sector

1.º Estabelecimento de infra-estruturas adequadas no que respeita a transportes em geral e instalações portuárias;

2.º Revisão de preços dos combustíveis e da energia eléctrica;

3.º Revisão das taxas e direitos de importação aplicados a determinadas matérias-primas;

5.º Formação de pessoal especializado;

6.º Intensificação da normalização, quer dos produtos fabricados pelo sector, quer das matérias-primas por ele consumidas;

7.º Facilidades de recurso ao crédito para investimentos a longo prazo.

2.11 - Projecções da produção

E difícil de prever a evolução da produção do sector, dado que a marcha de cada uma das indústrias consideradas não se processará, com certeza, no mesmo ritmo, durante o período do Plano.

Com base na evolução de 1954 a 1964 e no conhecimento de algumas produções relativas aos anos de 1965 e 1966, estabeleceram-se as seguintes projecções: