Estes são, pois, os projectos que se julga virem a ser realidade e que contribuirão para a evolução do sector durante o período do III Plano de Fomento. Alguns, como se vê, já investiram em 1966 e 1967, outros iniciarão os seus investimentos durante o Plano.

É possível que o início da laboração das instalações a que se referem estes projectos, num ou noutro caso, venha a ser retardado em relação à data que o plano de investimento deixa prever, mas os quadros atrás indicados não deixam dúvidas de que os dois primeiros anos (1968 e 1969) do período do Plano serão anos de grandes investimentos no sector.

E também natural que uma ou outra iniciativa, ainda não perfeitamente definida, se atrase de modo a iniciar a laboração já depois de findo o período do Plano. Acrescenta-se que novos projectos poderão vir a concretizar-se em breve, nomeadamente no sentido de uma maior integração vertical, com reflexos benéficos no desenvolvimento das indústrias de papel e artigos de pap el. Por este motivo, convirá acompanhar as actividades do sector, estimulando a concretização dos projectos que visem em particular a exportação de produtos de maior grau de elaboração a partir das matérias-primas e semiprodutos nacionais. Indústrias químicas e dos derivados do petróleo e do carvão

A delimitação das actividades consideradas nesta síntese fez-se segundo as classificações da C. A. E. e a tabela de classificação dos estabelecimentos industriais (Diário do Governo n.º 73, 1.ª série, de 28 de Março de 1966).

1.1 - Produção bruta

O valor global da produção em 1964, a preços de mercado, atingiu cerca de 6 300 000 contos, assim distribuídos: Indústrias químicas - 5 milhões de contos;

b) Indústrias dos derivados do petróleo bruto e do carvão - 1 300 000 contos.

O quadro seguinte (quadro I) faculta uma análise pormenorizada relativamente à produção dos diversos sectores. Observe-se, porém, que os valores de produção indicados incluem apenas as produções destinadas a outros sectores distintos daqueles que são abrangidos no âmbito das indústrias químicas.

Fez-se a dedução das produções consumidas dentro da própria indústria química. Apurou-se, assim, que a indústria química portuguesa consumiu em 1964 matérias-primas fornecidas pela própria indústria num total de 900 000 contos, o que significa ter o valor aditivo das produções individualizadas do sector atingido cerca de 5 900 000 contos.

O total corrigido que se indica no final do quadro difere em 86,7 milhares de contos da soma dos totais (I) e (II), pela dedução dos valores dos produtos químicos de fabricação nacional consumidos na indústria de refinação de petróleo e dos produtos desta indústria utilizados como matéria-prima de indústria química. Refira-se ainda que na produção de adubos se encontram também incluídos os ácidos azótico e fosfórico.

Indústrias químicas e dos derivados do petróleo e carvão

Valor da produção

No período de 1960 a 1964, a taxa de crescimento da indústria química foi de 9,5 por cento, com realce para as indústrias do azoto (amoníaco e adubos azotados), fibras artificiais e sintéticas, especialidades farmacêuticas, e tintas, vernizes e lacas. As indústrias que praticamente tomaram corpo no período em análise - detergentes e resmas sintéticas - apresentam também crescimento muitíssimo elevado, em termos de unidades físicas, característico da fase da arranque.