As alterações de estrutura que poderão ocorrer durante este III Plano de Fomento têm de ser encaradas de acordo com a natureza específica de cada sector.

Assim, as indústrias mais antigas, consideradas de maior intensidade capitalista, não deverão alterar fundamentalmente a sua estrutura actual, podendo, no entanto, em certos casos, justificar-se mais estreita colaboração dos industriais, no sentido de ajustarem os seus planos de desenvolvimento a um esquema mais consentâneo com as necessidades da concorrência externa.

Para os sectores tradicionais, onde o investimento não constitui factor determinante, é de esperar que continue a observar-se um movimento de concentração, com vista a eliminar as unidades de menor dimensão em benefício das instalações de maior capacidade e mais bem apetrechadas;

Outro aspecto que interessa referir é o movimento de integração, que se espera venha a acentuar-se durante o próximo período, não só no sentido de as empresas existentes passarem a estar interessadas na exploração ou fabrico dos produtos de base, como também no de desenvolverem as produções que actualmente exploram.

No quadro que se segue apresentam-se estimativas do crescimento da produção do sector durante o período do Plano.

Estimativas do crescimento da produção

(a) Neste quadro incluem-se as produções que constituem fornecimentos do sector à própria indústria química.

De acordo com os valores apurados, parece aceitável uma taxa anual média de crescimento da ordem dos 9 por cento, isto é, entre o máximo de 9,5 por cento, que poderá ser atingido se se concretizar certo número de iniciativas, e o mínimo de 8,5 por cento.

A indústria forneceu indicações, quanto a investimentos no período do Plano, que podem resumir-se, consoante as várias fases de estudo em que se encontram, do modo seguinte (em milhares de contos):

Indústrias químicas:

Refinação de petróleos (investimentos

incluídos também no sector energia):

Do total de investimentos indicados pelo sector, verifica-se que sòmente cerca de 1800 milhares de contos correspondem a empreendimentos em fase de projecto, o que de certo modo pode justificar-se pelo dilatado número de anos que medeia entre o final do Plano e o período de colheita dos diversos elementos informativos junto da indústria.

Quanto aos anteprojectos, embora em certos casos bastante indefenidos, é provável que alguns passem à fase de projecto e, subsequentemente, à fase de realização ainda no período considerado.

O acréscimo de produção bruta nas indústrias químicas previsto para o período do III Plano, com base numa taxa média de crescimento da ordem dos 9 por cento, é de cerca de 5000 milhares de contos.