No que se refere à produção de telhas e artigos similares, este indicador manteve-se, nos dois anos considerados, em cerca de 60 kg/m2.

O aumento da percentagem de tijolos na construção deve-se sobretudo à expansão de alvenarias de tijolo e à generalização da sua aplicação noutros elementos construtivos, sobretudo nos pavimentos em vigotas pré-fabricadas. A indústria de construção civil e obras públicas é praticamente o único sector de consumo do barro vermelho.

Os distritos de Aveiro, Leiria e Lisboa produziram, de 1953 a 1964, cerca de 60 por cento da produção total do País.

A produção bruta de vidro aumentou à taxa média de 7,2 por cento no período de 1953-1964. As percentagens, em 1964, para as principais divisões da produção vidreira são as seguintes: garrafaria, 31,4 por cento; artigos de uso doméstico, 35,5 por cento; vidro plano, 20,8 por cento, e artigos diversos, 13,3 por cento.

No mercado interno, parte considerável da produção - cerca de 66 por c ento - é destinada a outras indústrias, constituindo embalagens, bem como à construção civil e obras públicas.

A produção encontra-se concentrada em três zonas, com as seguintes percentagens, em 1964: zona norte, 20 por cento; zona centro, 60 por cento; distrito de Lisboa, 20 por cento.

A capitação da produção vidreira duplicou no período de 1953-1964, passando de 4,2 kg para 8,3 kg.

Nas porcelanas e faianças, a taxa de acréscimo da produção bruta, segundo os elementos fornecidos pela indústria, foi de 9,4 por cento, devendo-se tal incremento sobretudo à maior aplicação de azulejos na construção.

Em 1964, as percentagens da produção por produtos em relação ao total foram as seguintes: louça doméstica, 28,4 por cento; louça sanitária, 15,5 por cento; azulejos e acessórios, 34,4 por cento; porcelanas e faianças, 9,1 por cento; artigos decorativos, 9,7 por cento; mosaicos, 1,2 por cento, e produtos sanitários, 1,3 por cento.

Cerca de 90 por cento da produção estão localizados nos distritos de Aveiro, Coimbra, Lisboa e Porto.

O cimento acusou a taxa de acréscimo de 8 por cento no período de 1953-1964. A capitação da produção passou de 90 kg para 200 kg no mesmo período.

A indústria encontra-se localizada nos distritos de Coimbra, Leiria, Lisboa e Setúbal, concentrando-se nestes dois últimos cerca de 72 por cento da produção total.

A produção de fibrocimento tem crescido lentamente, sòmente com o acréscimo de 36 por cento entre 1953-1964.

Segundo informação do sector, a produção de cal hidráulica cresceu no período de 1953-1964 à taxa de 3,6 por cento, mas é possível que essa informação peque por defeito, porque outras fontes indicam um crescimento à volta dos 7 por cento.

A actividade da indústria transformadora, no tocante a mármores, granitos, rochas similares, lousas e cantarias, encontra-se mal delimitada relativamente à indústria extractiva e com deficiente cobertura estatística.

O seu valo r tem vindo a aumentar sensivelmente, em especial devido à exportação. Valor acrescentado

Os quadros II-A e II-B dão respectivamente, com base nos dados da contabilidade nacional, o valor acrescentado e a sua estrutura para as indústrias do sector. Em virtude de os elementos dos quadros I e II-A provirem de fontes distintas e não compatibilizadas, não é possível tirar conclusões quanto a níveis, sendo entretanto utilizáveis as que se referem à estrutura e ao ritmo de crescimento no período considerado.

Valor acrescentado a preços constantes de 1963

Estrutura do valor acrescentado

No período de 1953-1964, a contribuição do sector para o produto industrial bruto subiu à taxa de 7,1 por cento.

Para o ano de 1964, e no conjunto do sector, cabem às indústrias de cimento 41 por cento do valor acrescentado, às do vidro, 20 por cento, e às das porcelanas e faianças, 17 por cento.

Durante o período em análise a estrutura do sector não se alterou sensivelmente.

1.3 - Comércio externo

As exportações das diversas indústrias dos produtos minerais não metálicos alcançaram em 1964, a preços correntes, cerca de 364,1 milhares de contos, correspondentes a 460,1 milhares de toneladas. Em 1953, as exportações tinham alcançado cerca de 154,4 milhares de contos - preços correntes - para um volume físico de 174,2 milhares de toneladas.

O aumento em termos físicos, entre 1953 e 1964 (cerca de 164 por cento), não foi acompanhado de acréscimo paralelo em valor, o que se deve, fundamentalmente, a quebra no valor unitário da exportação do cimento, que, dos 0,41 milhares de escudos por tonelada em 1953, passou para 0,26 milhares de escudos por tonelada em 1964.

O conjunto dos produtos das indústrias das porcelanas e faianças exportados sofreu, igualmente, redução no seu