Índices com base em 1953

Verifica-se que, ao longo do período, para um aumento de 112,3 por cento do valor bruto da produção por pessoa ocupada - que atingiu em 1964, no conjunto das indústrias do subgrupo, 67,1 contos por efectivo -, a capitação das remunerações sofreu o acréscimo de 71,3 por cento.

Evolução do valor bruto da produção por pessoa ocupada e das remunerações por pessoa no período de 1953-1964

1.5 - Investimentos

Os relatórios das diversas comissões nem sempre mencionaram os montantes investidos no período de 1953-1964, devendo observar-se que: os elementos fornecidos são a preços correntes; no sector dos cimentes não se dispôs de dados quanto a uma das empresas; para as porcelanas e faianças indicaram-se estimativas, sujeitas a rectificação, relativas a cerca de 90 por cento das empresas, em 1964; a comissão do vidro apresentou estimativas para o período de 1959-1964, e a da cal hidráulica, para os anos entre 1961 e 1964.

Para as indústrias do barro vermelho e lousas não foi possível obter qualquer informação.

Quadro VIII

Montante de investimentos referidos nos relatórios de comissões para o período de 1953-1964 (preços correntes)

A soma dos diversos valores indicados para 1963 atinge 122,8 milhares de contos.

O nível apresentado pelas estimativas do Instituto Nacional de Estatística para o total do subgrupo (209 milhares de contos) ultrapassa aquela soma em 86,2 milhares de contos.

1.6 - Perspectivas

Nas indústrias do sector, a iniciativa privada mostra-se suficientemente activa para promover o seu desenvolvimento sem o recurso a outros meios. Conta-se com os incentivos que o Plano preconiza para a generalidade da indústria e com a concretização das medidas de política nele encaradas.

No barro vermelho, um regulamento de exercício da indústria recentemente publicado tem actuado favoravelmente em benefício da sua estrutura e da qualidade dos produtos. Embora com as cautelas que tal tipo de legislação requer, há que reconhecer as vantagens da sua aplicação.

Na indústria vidreira, a produção do vidro plano tem melhorado as suas instalações, mas espera-se que no período do III Plano possa garantir maior capacidade competitiva. A produção de vidro plano liso tem vivido há longo período sem concorrência interna nem externa, benefício este cuja contrapartida deverá traduzir-se na capacidade para enfrentar, na devida altura, a concorrência externa, tanto no País como em relação à exportação.

A produção de embalagens de vidro é feita em unidades de dimensões sensivelmente inferiores às das congéneres estrangeiras; esta circunstância, aliada à baixa especialização, deverá criar-lhe dificuldades logo que a protecção aduaneira seja menor. O aumento da procura actuou nos últimos anos em benefício da dimensão das unidades que progrediram na sua automatização, mas receia-se que numa maior integração de mercados se revelem ainda insuficientes as medidas tomadas e haja que proceder a consideráveis investimentos numa altura em que idêntico