Mão-de-obra por indústrias

Atente-se no facto de grande parte da mão-de-obra ser semiqualificada ou não qualificada, e na posição de predomínio quanto a emprego que a indústria de construção naval ocupa.

Em 1964, o total de remunerações pagas pelo sector foi de 471,7 milhares de contos, representando cerca de 48 por cento do valor acrescentado, o que confirma a posição relevante da mão-de-obra como elemento do custo de produção. Tomando como medida de produtividade da mão-de-obra a relação V AB/emprego, obtém-se para o ano de 1964 cerca de 50 contos.

1.5 - Investimentos e seu financiamento

Os investimentos no sector até ao fim de 1965 cifravam-se em 1365 milhares de contos, assim discriminados:

Milhares de contos

Equipamento.......... 819

Os financiamentos destes investimentos têm sido feitos através dos meios que se indicam:

Investimentos em 1965

O sector não necessita de investimentos em grande escala, mas sim da reestruturação da organização fabril, administrativa, comercial e pessoal, com vista a uma melhoria de produtividade.

§ 2.º Objectivos e orientações básicas

Os objectivos a propor para o período do III Plano relacionam-se directamente com a situação actual do sector, cujos dados essenciais podem assim resumir-se:

Existem dificuldades de recrutamento de pessoal qualificado. A emigração tem ocasionado problemas neste domínio, à excepção do subsector da construção e montagem de veículos automóveis, que tem recrutado pessoal no sector primário;

No subsector dos motociclos e bicicletas predomina a pequena empresa com rentabilidade baixa;

No que respeita a matérias-primas, verifica-se a instabilidade frequente nos fornecimentos de materiais nacionais, quer quanto a irregularidades de entrega, quer quanto a deficiências de qualidade, a que será necessário obviar mediante medidas legislativas adequadas;

Em relação à mão-de-obra, os salários médios revelam forte tendência para crescimento, o que poderá criar sérias dificuldades à competitividade do sector a longo prazo, se não se fizer um esforço de racionalização da produção.

A evolução tem sido no sentido da utilização de técnicas modernas de organização e gestão de empresas, no que diz respeito, principalmente, ao subsector de fabricação e montagem de veículos automóveis.

No subsector dos motociclos e bicicletas, o emprego dessas técnicas não se tem feito sentir, dada a sua pequena dimensão; o mesmo sucede nos subsectores de material circulante, construção e reparação naval, dada a dificuldade de programação, por as encomendas não serem conhecidas com a necessária antecedência.

Para a construção e montagem de veículos, partindo de uma taxa de progressão das vendas de 8 por cento para veículos comerciais e 10 por cento para automóveis de passageiros, poderão definir-se os seguintes objectivos de produção para o período de 1968 a 1973: