para a ligação da central de Tabuaço.

Ligação das novas centrais - mencionam-se desde já as linhas Vilarinho-Caniçada (150 kV), a ligação da central da Régua às linhas de 220 kV que passam no local, as linhas Aguieira-Pereiros (150 kV), Crestuma-Tapada do Outeiro (60 kV) e Carregado-Alto do Mira (2.ª linha); sob reserva dos resultados de estudos em curso, refere-se também a ligação de Frater à rede de 220 kV. Conhecida a evolução previsível da parte da energia produzida que entrará nas redes de grande distribuição para satisfazer os seus consumos, fez-se uma estimativa global do desenvolvimento necessário dessa rede para assegurar o escoamento das crescentes quantidades de energia que por ela transitarão. Como hipóteses de planeamento, admitiu-se uma estabilização do rendimento da rede na ordem dos 93 por cento e, para o cálculo do investimento, o valor unitário de $65/kWh; esta última hipótese implica a constância do valor verificado, por amostragem, no período de 1962-1965, o que é admissível se se continuar a registar certo equilíbrio entre a instalação de novas redes e o aumento de utilização das já existentes. Os objectivos a prosseguir através do desenvolvimento das redes de electrificação rural figuram no capítulo «Melhoramentos rurais»; aqui apenas se refere a expansão necessária para servir o acréscimo do número de clientes abastecidos através de redes de pequena distribuição não comparticipadas pelo Estado - fundamentalmente as das regiões de Lisboa e do Porto; o estudo efectuado levou a projectar aquele acréscimo às taxas de 4,3 por cento e 2,3 por cento, respectivamente, o que elevará o número de clientes, no termo do Plano, a cerca de 500 000 na região de Lisboa e a cerca de 115 000 na do Porto. Como valores específicos de investimento, adoptados com base no passado recente, utilizaram-se 4 e 5,4 contos por cliente, respectivamente. A satisfação dos objectivos apontados para o sub-sector da energia eléctrica implicará a expansão do valor acrescentado pelo subsector ao produto nacional bruto segundo um ritmo próximo do previsto para o aumento dos consumos; a crescente participação da energia de origem térmica, porém, tenderá a afastar progressivamente as duas taxas; com efeito, parte do valor da energia produzida nas centrais térmicas corresponde à incorporação de aquisições feitas às indústrias extractivas ou transformadoras, tendendo, pois, em condições normais, a reduzir-se a percentagem do valor da energia produzida que é acrescentado pelas próprias centrais. Com os elementos actualmente disponíveis, foi-se conduzido aos seguintes valores, para os anos deste III Plano:

Valor acrescentado ao produto nacional bruto (preços de 1963): Combustíveis líquidos e gasosos A cobertura das procuras internas previsíveis para os combustíveis derivados do petróleo continuará a fazer-se, quanto possível, com produtos refinados no País, de forma que o valor a pagar em divisas estrangeiras se restrinja à importação de ramas, indisponíveis em território nacional.

A capacidade de produção instalada no território europeu de Portugal subirá para a ordem dos 3 700 000 t durante o primeiro ano do Plano; esta acrescida capacidade, conjugada com as ampliações previstas para as refinarias ultramarinas, na medida em que certas complementaridades de programas de fabrico e estruturas regionais de consumos o permitam, deverá tornar praticamente irrelevantes, em condições normais, as importações de produtos refinados do estrangeiro durante a maior parte do período de 1968-1973; exceptua-se parte do primeiro ano - antes do arranque da nova refinaria do Porto - e, possivelmente, o último; oportunamente se decidirá sobre nova ampliação da capacidade refinadora instalada no Sul do País, de acordo com a evolução dos consumos internos que venha a verificar-se. As projecções obtidas através de correlações com as principais variáveis associadas ao consumo deste tipo de combustíveis levaram, para o mercado interno da metrópole, aos resultados aproximados seguintes, em milhares de toneladas:

(a) Arredondado.

Não se incluíram naqueles totais os fornecimentos a fazer à navegação marítima e aérea que se abastece na metrópole por os elementos estatísticos disponíveis não permitirem a destrinça da parte destinada às frotas nacionais. A consecução dos objectivos definidos para a produção metropolitana de refinados exigirá que se importem