Estudo da colocação na metrópole dos carvões de Moçambique;
Instalação preferencial no ultramar de indústrias grandes consumidoras de electricidade.
Será também encarada a coordenação das fases de expansão previstas e, eventualmente, da instalação de novas unidades, de modo a escalonar os investimentos globais pela forma mais vantajosa para o conjunto dos territórios nacionais.
Os resultados da confrontação dos elementos recolhidos das empresas interessadas durante a fase preparatória deste III Plano e dos que vierem a ser ainda coligidos serão tidos em conta, na medida julgada conveniente, na preparação dos programas anuais da execução do Plano.
A análise preliminar sobre a viabilidade técnica e económica de substituir por carvões de Moçambique uma parte da importação metropolitana justifica se prossiga imediatamente no estudo do problema, conjuntamente pela Secretaria de Estado da Indústria e pelo Ministério do Ultramar, mo âmbito da orgânica de planeamento económico nacional.
Para a construção da nova refinaria, as primeiras estimativas indicam que poderá implicar cerca de 340 000 contos de obras de construção civil e 595 000 contos de encomendas à indústria metalomecânica nacional; a importação de técnica e de equipamentos poderá ascender à ordem do milhão de contos.
Quanto à distribuição de combustíveis, os investimentos previstos conduzem às seguintes primeiras estimativas de repartição por origens:
Assim, na orgânica de planeamento propriamente dita, a referida orientação corporizou-se na criação de um grupo de trabalho autónomo, permitindo dar a desejável audiência às entidades privadas e estabelecer o seu contacto com os organismos oficiais.
O carácter permanente que foi atribuído aos grupos de trabalho da Comissão Interministerial de Planeamento e Integração Económica permite dispor constantemente de um órgão representativo -o grupo da energia-, da maior importância para o estudo e informação, designadamente de decisões de alcance nacional a tomar pelo Conselho de ( Ministros para os Assuntos Económicos. A natureza predominantemente representativa desse grupo aconselha a prever a criação de uma estrutura permanente de apoio técnico e material a instituir na Secretaria de Estado: da Indústria e destinada, nomeadamente, em colaboração com o sector privado, à centralização e organização de informações sobre a execução e programação anuais dos planos de fomento.
Com efeito, medem-se em anos os períodos de realização dos empreendimentos destinados à produção de energia, o que implica, para as entidades que têm a seu cargo essa realização, a necessidade de programarem as suas actividades a longo prazo. Esta programação abrange, além dos aspectos técnicos específicos do sector da energia, outros que transcendem este domínio - como são os financeiros e os das relações interindustriais a estabelecer com os empreiteiros subcontratados e com os fornecedores de eq uipamento. Tudo concorre para sublinhar a importância de que se reveste a definição de uma política orientadora projectada bem para lá do futuro imediato, política a partir da qual os órgãos de planeamento possam programar o desenvolvimento do sistema produtor a tempo de permitir o estudo adequado das soluções concretas para cada empreendimento e a maximização das contribuições da técnica e da indústria nacionais.