turísticas, comerciais e portuárias na cidade, e ocupa a população referida neste quadro:

A actividade turística exerce grande influência sobre o desenvolvimento do distrito, sobretudo nos concelhos do Funchal e Porto Santo.

O arquipélago é já hoje uma das mais importantes regiões turísticas do País, com uma capacidade hoteleira que, em relação ao número total de camas da metrópole, era representada em 1965 pelos valores do quadro que se segue:

É de salientar a posição ocupada pelos estabelecimentos hoteleiros, de luxo e de 1.a classe, os quais merecem realce, atendendo a que o turismo é constituído na sua quase totalidade por estrangeiros (82,1 por cento).

As percentagens das dormidas de estrangeiros no arquipélago, em relação à totalidade das dormidas verificadas na metrópole, nos anos que se indicam, são as seguintes:

Porcentagens

1965 ............... 10,8

Deve referir-se ainda o comércio com o exterior. Muito embora o arquipélago goze de localização geográfica favorável, têm-se mantido praticamente estáveis, nos últimos anos, os valores das exportações, assentes nos produtos tradicionais (bordados, vinhos licorosos e obras de vime).

Destas exportações, salienta-se a de bordados, com mais de 50 por cento do valor global e destinada na sua maior parte aos Estados Unidos da América, como se verifica pelo quadro seguinte:

A situação social da Madeira não mostra disparidades acentuadas, em comparação com a verificada no continente.

Os índices de higiene situam o distrito dentro da média do continente, havendo que referir o elevado número de habitantes (2423) por médico.

A taxa de analfabetismo atinge valores menos favoráveis do que os verificados no continente.

O índice de escolaridade, quanto ao ensino secundário, não .ultrapassava em 1960 os 10,6 por cento, considerando os elementos da população entre os 10 e os 19 anos.

A sua distribuição pelos ensinos liceal e técnico (comercial e industrial) era a constante do quadro seguinte:

Da análise realizada pode extrair-se certo número de conclusões sobre a situação económico-social do arquipélago da Madeira, que seguidamente se resumem:

ensidade populacional três vezes e meia superior à média do continente;

Elevados saldos fisiológicos;

Forte repulsão populacional, com aspecto dominante nos meios rurais, provocando grandes correntes emigratórias;

Actividade predominantemente agrícola, apresentando a estrutura agrária deficiências estruturais acentuadas;

Debilidade do sector secundário, dominado pelas indústrias tradicionais, produtoras de bens de consumo local, sem poder desempenhar acção motora e absorver a mão-de-obra excedente do sector primário ;

Destacada posição do concelho do Funchal e, em menor escala, dos concelhos limítrofes (Santa Cruz e Câmara de Lobos), onde se concentra:

A maior parte da população; A quase totalidade das indústrias, comércio e infra-estruturas urbanas;

Actividade exportadora estável de bordados, vinhos licorosos e obras de vime;

Influência dominante da actividade turística, em especial sobre o desenvolvimento da cidade do Funchal e, complementarmente, de Porto Santo, constituindo o arquipélago uma das mais importantes regiões turísticas da metrópole.