trias existentes. Consideram-se, assim, como acções prioritárias, a modernização da agricultura, com particular atenção para as potencial idades da Cova da Beira, o lançamento de infra-estruturas (principalmente quanto às comunicações) e a implantação de novas actividades de maneira coordenada com a selecção dos pólos regionais, que serão objecto de medidas específicas de promoção.
Esta selecção deverá ser estreitamente relacionada com a expansão dos centros urbanos da sub-região, convindo, nesse sentido, estudar as suas potencialidades turísticas, em especial as da serra da Estrela.
Estes aspectos, porém, não excluem a existência de situações territoriais muito diferenciadas, que envolvem problemas de desequilíbrio de crescimento da região.
De facto, a localização das indústrias tem-se feito predominantemente na cidade de Lisboa e arredores, abrangendo os concelhos da margem esquerda do Tejo.
A atracção exercida por esta zona deu origem a concentração muito elevada do sector secundário, que se caracteriza por um conjunto de actividades extremamente diversificado, mas todas de importância nacional.
Os estabelecimentos industriais possuem dimensão média a grande, forte intensidade capitalista, bom nível de produtividade, com reflexos nas remunerações médias do trabalho, que são elevadas relativamente ao resto do continente.
Concretamente, a sub-região litoral dispõe de um conjunto de economias externas altamente polarizador, cujo desenvolvimento se tem realizado espontaneamente e a ritmo crescente.
O distrito de Santarém sofre a influência dinamizadora do primeiro grupo de distritos e, embora a sua estrutura de produção seja ainda muito pouco marcada por actividades motrizes, manteve ao longo do período compreendido entre 1953-1964 a sua posição na produção total (4 por cento).
Porém, a dimensão média dos estabelecimentos é baixa, de pequena concentração e com fraca intensidade capitalista. As remunerações do trabalho são satisfatórias, as capitações baixas e os acréscimos da produtividade têm sido relevantes. Por outro lado, apresenta ritmo de crescimento do produto de nível médio, mas não suficiente para acompanhar a evolução do conjunto da região.
A produção deste distrito é igualmente muito diversificada, mas ainda não possui indústrias de importância nacional.
A localização e o desenvolvimento do sector secundário determinaram expansão acentuada do sector terciário, particularmente em actividades importantes, como é o caso dos organismos de crédito e seguros, serviços de administração pública, de habitação e outros.
A atracção populacional provocada pela elevada concentração industrial originou uma distribuição demográfica muito desequil ibrada no interior da região. Assim, em 34 por cento da superfície acumulam-se 82 por cento da população.
Esta concentração demográfica verifica-se sobretudo nos concelhos à volta de Lisboa, prolongando-se para sul, até à península de Setúbal, e para norte, pela margem direita do Tejo, quase sem descontinuidade, até ao limite do distrito de Santarém, originando o aparecimento de centros populacionais com elevadas taxas de crescimento, mas que não desempenham funções económicas e sociais específicas. A uma distribuição desequilibrada da actividade secundária alia-se, assim, uma rede urbana deficientemente estruturada, com carências infra-estruturais, nomeadamente no campo da habitação e dos transportes.
Por último, no que respeita ao sector primário, os principais obstáculos à sua evolução são postos pelo tipo de produção agrícola (predomínio das culturas extensivas de sequeiro), fortemente dependentes de factores aleatórios, como o clima, e por uma estrutura agrária pouco homogénea.
À heterogeneidade de características estruturais apresentadas pela região vêm juntar-se as dissemelhanças ecológicas, contribuindo um e outro destes aspectos para a existência de situações muito diferentes do sector agrícola, conforme as sub-regiões em que se considerou dividida a região.
De facto, no litoral a agricultura localiza-se em zonas bem definidas - várzeas de Loures e de Vila Franca, zonas hortícolas da margem esquerda do Tejo -, constituindo uma área de cintura abastecedora de Lisboa e dos restantes centros urbanos e industriais. Aqui se encontram as mais baixas percentagens de população activa agrícola do continente, o que proporciona nível razoável de produtividade do trabalho, traduzido pela capitação do produto por activo agrícola e por um grau de mecanização relativamente elevados.
O distrito de Santarém apresenta a maior percentagem de população activa agrícola e, em termos de produtividade dos solos, os contrastes são agrícola, conjugada com a ausência de indústrias e serviços, tem determinado