Saúde e assistência Evolução recente e problemas actuais A assistência médica na província é prestada pela rede sanitária do Estado; pelas autarquias locais (câmaras municipais); pelo Sindicato Nacional dos Empregados do Comércio, Indústria e Agricultura; pela Caixa de Aposentações e Pensões dos Funcionários Públicos; pela Casa dos Pescadores; pela Associação de Socorros Mútuos da Trindade; e nas propriedades agrícolas (roças). A organização sanitária oficial compreende um hospital central (cidade de S. Tomé), um hospital regional (cidade de Santo António do Príncipe), quatro delegacias de saúde (três na ilha de S. Tomé e uma na ilha do Príncipe), um centro de assistência materno-infantil (cidade de S. Tomé), um dispensário antituberculoso (idem), uma leprosaria (idem), novos postos sanitários e três maternidades na ilha de S. Tomé, e mais uma maternidade em Santo António.

Este conjunto oferece, no total, 393 leitos, 362 em S. Tomé e 21 no Príncipe. Devido à evolução do sentido das responsabilidades sociais e a uma maior exigência da legislação do trabalho e de assistência ao trabalhador, a actividade privada foi lentamente constituindo um conjunto sanitário privativo bastante vasto. Existem, na província, 29 estabelecimentos hospitalares, dos quais 25 em S. Tomé, 19 postos sanitários (17 em S. Tomé) e um total de 1769 camas (1631 em S. Tomé e 138 no Príncipe).

Não se deve, contudo, considerar este conjunto como uma organização sanitária, porquanto os estabelecimentos não funcionam articuladamente, variando o seu nível por falta de pessoal técnico, ou por outras razões. A manutenção e funcionamento dos estabelecimentos sanitários oficiais e particulares está a cargo de 20 médicos, 1 farmacêutico, 74 enfermeiros (enfermeiros, praticantes e ajudantes) e diverso pessoal administrativo.

A província tem desde 1946 uma escola de enfermagem, mas com reduzida frequência e funcionando no hospital central. Existe também uma secção de educação e serviço social pertencente ao Instituto do Trabalho, Previdência o Acção Social, onde funciona um curso de monitores de família, com vista a promover a divulgação de princípios sanitários. A taxa de mortalidade vem indicando nos últimos anos uma tendência francamente degressiva. De 27,3 por cento em 1951 desceu para 14,3 por cento em 1965.

No quadro nosológico, não obstante verificar-se já uma manifesta diminuição do grau de endemicidade palustre, é ainda o paludismo que rios aparece à frente de todos os males que afligem a população de S. Tomé, logo seguido das outras doenças infecciosas e parasitárias, boubas e tuberculose.

Forçoso se torna assim acentuar a urgência em catalisar a acção da campanha contra o paludismo e contra outras endemias até à sua completa erradicação. A. actividade dos serviços de saúde tem-se .traduzido pelos seguintes números: Torna-se necessário reorganizar a estrutura médico-sanitária da província, o que implica, fundamentalmente:

Promover a articulação adequada dos recursos do Estado e dos meios de que dispõem, ou podem vir a dispor, as entidades privadas;

Sistematizar e racionalizar as funções das unidades médico-sànitárias disponíveis;

Contrariar ou impedir a tendência que hoje se verifica para a concentração dos médicos na cidade.

Há também que actuar sobre os factores que mais directa e decisivamente influem nas causas de mortalidade geral e infantil. Investimentos Prevêem-se investimentos para:

Intensificação da campanha contra o paludismo;

Ampliação do hospital central e remodelação pavilhões existentes;

Apetrechamento e equipamento de diversas instalações hospitalares.

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