A falta de elementos que permitam cálculos concretos levou a considerar como mais lógico e operacional tomar um coeficiente médio a partir do somatório das variações anuais do produto interno bruto. As estimativas feitas conduziram aos seguintes resultados: Considerando o período de um ano de maturação dos investimentos: 3,51;

b) Para o período de dois anos de maturação: 3,08.

O método de médias móveis é susceptível de ser convertido para compensar as flutuações produzidas por perturbações conjunturais, as quais são responsáveis, neste caso, pela irregularidade dos valores achados.

Escolhida uma base de médias móveis trienais, obtiveram-se os coeficientes capital-produto variando entre 2,2 e 3,9 na hipótese de dois anos de maturação e entre 2,5 e 10,3 na de um só ano.

O valor médio é de 3,07 para um ano de maturação e de 2,96 para dois anos de maturação. Esta análise das tendências do passado sugere que para Angola o coeficiente capital-produto estaria entre 3 e 3,5.

O coeficiente capital-produto global perde, no entanto, parte do seu significado se se atentar na dualidade da economia angolana. É óbvio que a economia tradicional, que praticamente desconhece o factor capital, introduz uma baixa no coeficiente que se obteria se se considerasse apenas o circuito monetário. Mas tal facto representa uma poderosa arma para efeitos de planeamento, já que durante a fase de transição da economia de subsistência para a economia de mercado se tornam possíveis aumentos sensíveis do produto com aplicações relativamente modestas de investimento.

Por outro lado, a circunstância de os números achados serem inferiores aos que. se observam para economias subdesenvolvidas justifica-se, em parte, pelo facto de se trabalhar com valores brutos, quer para o investimento, quer para o produto.

A partir dos valores extrapolados para o produto interno bruto às taxas consideradas, e admitindo o valor 3 para o coeficiente capital-produto, determinaram-se valores de investimentos a realizar na vigência do III Plano de Fomento, considerando-se o período de maturação de um ano.

No quadro seguinte indicam-se os níveis de investimentos estimados:

A hipótese que mais interessa considerar é a B, isto é, para a taxa de crescimento programada de 7 por cento. Parece pertinente pôr-se a questão de saber qual deve ser, grosso modo, a acção do sector público para se atingir a taxa de crescimento desejada de 7 por cento. Depara-se, porém, a dificuldade de que, embora o Plano procure ser global, há uma boa parte de investimentos que, no mesmo, não poderão ser especificamente indicados, pela falta de dados estatísticos convenientemente trabalhados.

(a) O aumento verificado resultou de investimentos da ordem de 681 000 contos feitos numa fábrica de papel e cartonagem.

(b) No que respeita aos edifícios construídos em 1964 e 1965, só se conseguiu obter números respeitantes aos principais centros urbanos.