sibilitem aconselhar o produtor com segurança. Os riscos são grandes e já por vezes os insucessos têm provocado descrença naqueles que investem o seu dinheiro e o seu esforço em novas culturas.
Café, sisal, milho, vários tipos de madeiras, oleaginosas, algodão, feijão, tabaco, cera, absorvem praticamente o total das exportações da província. O café, com valor de cerca de 2,7 milhões de contos de exportação em 1965, representa, só por si, cerca de 80 por cento do conjunto das exportações agrícolas e 40 por cento da exportação total. Importa, consequentemente, procurar diversificar as culturas agrícolas, promovendo o estabelecimento de novas produções, ao mesmo tempo que se proceda ao fomento das culturas tradicionais em vista a alcançar melhores níveis de produtividade. Estes aspectos carecem de sei1 desenvolvidos, tendo em atenção a capacidade de absorção dos mercados nacional e estrangeiro.
A produção de fruta é outro aspecto da diversificação cultural que se reveste de extraordinário interesse. Com a elevação do nível de vida e o desenvolvimento do turismo na metrópole, o consumo da fruta fresca está actualmente condicionado pela limitação da oferta. Ora dispõe-se em Angola de condições excepcionais para o, produção de fruta. Mas o aspecto produtivo é apenas uma parte e não a mais importante da colocação de frutas nos mercados consumidores. A comercialização destes produtos e os seus aspectos tecnológicos desempenham um papel essencial que actua como factor limitante da produção.
Para a colocação de fruta u preço acessível na Europa é necessária toda uma infra-estrutura do transporte em barcos frigoríficos e de entrepostos nos cais de e mbarque e desembarque, aliada a eficiente distribuição.
No campo empresarial, onde o número de criadores registados aumenta progressivamente, devido, especialmente, ao interesse provocado pela política de preços e facilidades concedidas pelo Fundo de Fomento Pecuário, elevam-se os efectivos a cerca de 200 000 bovinos.
Este interesse, que durante largos anos se dirigia dominantemente para a recria, alargou-se e desenvolveu-se no sentido do estabelecimento de numerosas criações.
A insistência com que se tem aconselhado a racionalização das explorações começa agora a surtir efeitos, particularmente no que respeita a captação e distribuição de água, parqueamento, instalações carracicidas e profilaxia. Por outro lado, o ordenamento que se pretende conduzirá inicialmente a uma disciplina das transumâncias e, numa segunda fase, à fixação das populações onde isso for possível.
A exploração de bovinos de carne, em regime extensivo. com recurso exclusivo a, pastos naturais, domina em toda a província e é condicionada por épocas de abundância e escassez, resultantes da quantidade e distribuição das chuvas. Apesar disso, e como consequência da melhoria de preços, a produção tem evoluído favoravelmente, como o comprovam os indicadores do consumo e exportação de carne.
Gado bovino abatido nos principais matadouros da província em 1961-1965
Dos abates constantes do quadro anterior, que não incluem os abates para
auto-abastecimentos das populações rurais, destinaram-se à exportação as quantidades seguintes.
A comercialização de bovinos de corte realiza-se, na sua maioria, através dos pequenos comerciantes das regiões produtoras, que, por sua vez, os vendem a outras firmas para concentração em manadas e venda a talhantes e ao Grémio dos Marchantes de Luanda.
O comércio de gado de corte era apenas condicionado, no que se referia a preços, por tabelas oficiais.
Com vista a regularizar as transacções com os criadores, foram criados os mercados rurais. É, porém, ainda cedo para se aquilatar dos seus resultados, sabido que as fórmu-