las tradicionais de comercialização de gado bovino serão abandonadas lentamente e na medida em que as populações rurais reconheçam a vantagem de aderirem ao sistema implantado.
O estabelecimento de uma cadeia de frio, abrangendo a linha Sá da Bandeira-Moçâmedes, cidades que dispõem de matadouros frigoríficos, câmaras de refrigeração e congelação de carnes, cuja actividade está sobretudo orientada para a exportação, mas podendo representar papel de relevo no abastecimento de Luanda de carne congelada desta origem, pode constituir, embora se trate por agora de unidades industriais de pequena capacidade de laboração, o arranque para uma melhor comercialização da carne e para a promoção de exportação deste produto em razoáveis condições.
Inicialmente existiam apenas pequenos núcleos leiteiros nos arredores dos principais centros populacionais, sem expressão relativamente ao consumo potencial.
A fixação de povoadores de origem açoriana, que no arquipélago se dedicavam à exploração de animais leiteiros, criou condições para o desenvolvimento da primeira bacia leiteira na área do Catofe. Na região da Ganda, colonos de origem alemã dedicavam-se à agro-pecuária, possuindo vacas de vocação leiteira. Mais tarde, a importação do gado leiteiro realizada pelo Estado, para distribuir aos povoadores que se radicaram na Cela, originou a bacia leiteira da Cela, onde existe uma fábrica de lacticínios que faz o aproveitamento e transformação do leite produzido.
A instalação de uma fábrica de lacticínios em Nova Lisboa incentivou a produção de leite na área do Huambo, contribuindo para rápido progresso.
A produção, que tem vindo a aumentar, atingiu em 1965:
Toneladas
A intervenção do Estado na comercialização do leite tem-se limitado a fixar preços de venda e a estimular e a amparar as iniciativas de natureza cooperativa.
As fábricas de lacticínios da Cela e Nova Lisboa, recolhendo e pagando o leite aos produtores, transformando-o em lacticínios e vendendo a produção, são elementos úteis na cadeia de comercialização. Em Nova Lisboa, o leite é quase exclusivamente vendido após pasteurização e engarrafamento. Em Luanda, um conjunto de medidas tendentes a beneficiar a qualidade do leite, junto do produtor e sobre a comercialização do produto, permitiu melhorar a sua qualidade.
Embora tenha sido sugerida a criação de um estrutura de comercialização e tivessem sido tomadas medidas que evitem a situação em que se debatem a indústria de salsicharia e os tal à antes para adquirirem porcinos nas condições de qualidade e regularidade convenientes, as dificuldades a vencer e os meios disponíveis não têm permitido materializar esta ideia.
No distrito de Mocâmedes e nos arredores do Lobito e de Luanda estabeleceram-se núcleos incipientes de arietinos caraculo.
A exiguidade dos efectivos é um dos maiores óbices ao desenvolvimento da produção, reconhecendo-se, porém, que vastas zonas reúnem condições para a exploração destas espécies.
A comercialização era feita directamente pelo próprio avicultor, que procurava compensar o pequeno volume da produção pelos altos preços. Assim, as produções de aviários eram insignificantes, sendo os grandes centros consumidores abastecidos de ovos e galináceos do meio rural, de má qualidade e transportados em condições precárias, e não eliminando a necessidade de se recorrer às importações até ao início da fase de desenvolvimento iniciada em 1962.
Actualmente, nos arredores de Luanda a avicultura atingiu notável desenvolvimento em bases racionais.
Tendo em vista a evolução do sector agro-pecuário no sentido indicado, há que considerar como objectivos prioritários os seguintes:
b) Ampliação e melhoria das infra-estruturas existentes, nomeadamente no que se refere à armazenagem e rede do frio;
c) Embaratecimento dos meios de produção (adubos, insecticidas e fungicidas; máquinas, alfaias agrícolas e respectivos acessórios);
d) Melhoria das condições de comercialização;
e) Industrialização complementar dos produtos agro-pecuários;