13.2. Instalação e apetrechamento dos centros de fomento agrário Preconiza-se a construção, de instalações para quatro novas brigadas, nove capatazias e alojamento, em edifício próprio, de seis outras capatazias, bem como a aquisição de material de debulha para apetrechamento das capatazias.

13.3. Campanha de adubação A. necessidade de melhorar as produções unitárias através de elevação do nível de fertilidade dos solos é problema prioritário.

E de considerar nesta orientação o eventual estabelecimento de um diferencial beneficiador da lavoura na sua aquisição de adubos, tendo em vista a estabilização ao nível do custo dos adubos.

13.4. Campanhas fitossanitárias Preconiza-se a montagem de centros de ensaio e demonstração do efeito de pesticidas, a manutenção de stocks para suprir as dificuldades dos fornecimentos no momento oportuno e o auxílio com bónus ou diferencial, sempre que o produto a empregar o justifique.

13.5. Aproveitamentos hídricos Entende-se necessária a comparticipação no estabelecimento de pequenas obras de regadio, tendo em vista, especialmente, a estabilização da agricultura. Caberá aos agricultores a cedência do seu trabalho e ao Instituto dos Cereais de Angola a cedência de máquinas, assistência técnica e a compra do material que se torne necessário adquirir.

14.1. Apoio à cultura do algodão Incluem-se aqui:

Equipamento do laboratório de tecnologia da fibra, a montar na sede do Instituto do Algodão de Angola;

Montagem de duas salas de classificação, uma em Malanje e outra no litoral (Cuanza Sul);

Construção de dois armazéns para recolha de fibra, semente, insecticidas, etc., em Catete e no Dondo;

Construção de armazéns de pequenas dimensões nas regiões algodoeiras de Icolo e Bengo, Ambriz e Ambrizete, para recolha de semente destinada à sementeira e de algodão-caroço adquirido pelo. Instituto do Algodão de Angola nos mercados.

14.2. Apoio à cultura do café As obras a seguir discriminadas são necessárias para ser possível dispensar o aluguer de armazéns a particulares:

Construção de armazéns de exportação na área do porto de Luanda, com capacidade para 30 000 t;

Construção de armazéns destinados à warrantagem de café, conservação de excedentes e eventual depósito das contribuições em espécie do Fundo de Estabilização do Café, cuja criação já foi superiormente proposta, com a capacidade para 20 000 t.

Construção do armazém-fábrica de benefício no Lobito, com a capacidade para 5000 t, obra estimada em 5000 contos.

14.3. Apoio à comercialização de frutas e produtos hortícolas A fim de proporcionar um mais regular abastecimento dos produtos facilmente perecíveis, destinados ao consumo interno (frutas, batatas e produtos hortícolas), encara-se a construção de câmaras frigoríficas para a conservação de frescos (Luanda) e de armazéns para a conservação de batatas (Nova Lisboa).

14.4. Fundo de apoio aos mercados rurais O Regulamento dos Mercados Rurais prevê a constituição de um fundo destinado a proteger o produtor das oscilações de preços, já que, especialmente em relação às baixas, se revela muito, sensível.

Este fundo também permitirá adquirir ao produtor os seus produtos, nos períodos em que os consumidores não se manifestem interessados na sua aquisição, funcionando, assim, como volante estabilizador dos preços e como impulsionador da produção. Esquemas de regadio Para a concretização dos objectivos anteriormente enunciados, e com vista a um melhor aproveitamento do território, torna-se necessário proceder à irrigação de algumas áreas com boas aptidões agrícolas e promover o seu aproveitamento através da fixação de populações alienígenas. Trata-se de campo onde há tanto que fazer que os empreendimentos indicados serão apenas os considerados de primeira prioridade.

15.1. Esquemas de regadio do vale do Queve O aproveitamento hidráulico do vale do rio Queve constitui uma grande e velha aspiração das populações do Cuanza Sul. Dispondo de água de rega em quantidade suficiente e de uma energia eléctrica abundante, barata e bem distribuída, será possível transformar, dentro dê uma década, o panorama económico-social da região litoral árida do distrito do Cuanza Sul.

Deste modo, poder-se-ão aproveitar muitos milhares de hectares, com explorações à base de palmar, cana-de-açúcar, gado, algodão, fruteiras, arroz, etc.

Os estudos já efectuados, e que levaram à apresentação do Plano Geral do Queve, permitiram indicar a verba d a 9 milhões de contos como indispensável para o integral aproveitamento deste vale, o que impõe uma realização por fases, atendendo aos recursos financeiros disponíveis.

Do estudo referido conclui-se que apenas as terras altas da margem direita e da margem esquerda na zona litoral estão em condições de ser rápida e imediatamente aproveitadas.

Mesmo assim limitada, a tarefa a realizar é muito ampla.

Durante o sexénio de 1968-1973 prevê-se a execução dos trabalhos seguintes:

Construção da barragem na cachoeira de Binga; Estudo pedológico (6000 ha) e económico-social das terras altas:

Da margem direita: 1.ª fase da rede de rega do Chol-Chol (5500 ha);

Da margem esquerda (2000 ha) - rede de rega na Quipela, na Gimba, na Panda e na Cassonga - e dos terrenos marginais (10 000 ha).

O estudo pedológico compreenderá a análise e caracterização dos solos e a elaboração das cartas agrológicas,