de utilização e de aptidão para o regadio, à escala 1:20000, pelo menos.
O estudo económico-social é indispensável para definição das principais culturas a realizar, necessidades de mão-de-obra, possibilidades e forma de comercialização dos produtos e seu valor de mercado, indústrias a instalar, tipos de empresa e formas de exploração a estabelecer, sistemas de povoamento mais aconselhados, dimensionamento das empresas, programa de promoção social a executar, etc.
Para a zona dos terrenos marginais compreendida entre as cachoeiras da Binga e a foz do Queve, e dada a complexidade dos problemas a resolver, apenas se encara a realização de estudos e a elaboração do respectivo projecto para integral aproveitamento dos milhares de hectares de solos de aluvião que formam aquelas baixas.
A barragem da cachoeira de Binga será construída encarando também a utilização de água na produção de energia eléctrica, pelo que as despesas, em boa verdade, se devem repartir pelos dois ramos de exploração agrícola e industrial. Mesmo desprezando o aspecto energético, a obra tem inteira justificação, considerando apenas o seu interesse exclusivamente agrícola.
15.2. Rega do vale do Cavaco
15.3. Aproveitamento do Cunene
Estão considerados no período de 1968-1973 a construção da barragem do Gove, o início das obras de aproveitamento pela rega de 20 000 ha na zona Quiteve-Humbe e a construção de uma rede para abeberamento de gado bovino, beneficiando 87 000 ha. É, além disso, necessário considerar os encargos com a manutenção e conservação geral e o acabamento dos trabalhos em curso (rede de enxugo e recuperação de terras encharcadas, instalações de secagem para tabacos, ampliação da fábrica de concentrados, construção de habitações e nitreiras e aquisição de gado leiteiro) e a ampliação do colonato, sem considerar os edifícios públicos e a escola agrícola, que deverão ser custeados pelos programas sectoriais respectivos.
16.1. Fixação de novos núcleos de povoamento agrário
16.1.1. Esquema do Zaire
Os aldeamentos a criar deveriam englobar povoadores de várias etnias e origens, predominantemente ex-soldados.
A instalação dos aldeamentos poderia promover-se, ao ritmo de um por ano, a partir de 1969.
16.1.2. Esquema do Nambuangongo
Prevê-se a possibilidade de recuperação de 2000 ha, basicamente de café. no fim de 1969. O ritmo de recuperação posterior seria de 1000 ha/ano. Julga-se possível, dirigindo o esforço fundamentalmente a fazendas de área média de 100 ha, a recuperação, até 1971, de 60 fazendas, interessando directamente 6200 trabalhadores, proprietários e respectivas famílias.
Será incrementado e expandido o regime de parceria, por se afigurar, o mais eficaz para a necessária fixação de trabalhadores com o seu agregado familiar.
Baseando-se a produção regional no café, entende-se ser de toda a conveniência a diversificação cultural no sentido de uma autonomia regional em culturas alimentares, e o fomento de outras culturas de rendimento elevado com possibilidades na área (banana e ananás).
16.1.3. Esquema do planalto de Camabatela
Prevê-se a intensificação da acção da Junta Provincial de Povoamento na zona, designadamente numa área de cerca de 150 000 ha.
Neste esquema promover-se-á o talhonamento, a abertura de vias de comunicação, o abastecimento de água, etc., e as fazendas serão atribuídas, mediante concurso, a povoadores com capacidade financeira. A Caixa de Crédito Agro-Pecuário, que seria para o efeito subsidiada, procederia a empréstimos aos novos fazendeiros.