do Sul de Angola. Este dispositivo intitula-se «Plano de Coordenação para Abastecimento de Água das Regiões Pastoris do Sul de Angola». Teve reflexos em outras medidas estabelecidas para procurar fomentar e disciplinar a pastorícia nos distritos do Sul, tais como, por exemplo, o estabelecimento de um regime de taxas aplicáveis aos possuidores de gado, beneficiários dos trabalhos de abastecimento de água levados a efeito, e a definição de «normas gerais para o planeamento .e ordenamento da pastorícia, com vista a planear os trabalhos a realizar e a ordenar a utilização dos já existentes.

Este plano de coordenação foi dotado dos meios necessários para concretizai: a criação de infra-estruturas, que constituirão pólos de atracção cias populações tradicionais e dos seus gados.

São as seguintes as perspectivas que o desenvolvimento do aproveitamento dos recursos aquíferos oferece: Aumento de produção no sector pecuário e agro-pecuário;

b) Aumento do número de pedidos de demarcação de terrenos destinados ao estabelecimento de empreendimentos pecuários e agro-pecuários;

c) Fixação progressiva das populações nómadas e seminómadas em volta dos pontos de água;

d) Ordenamento progressivo da pastorícia: em consequência, reordenamento rural progressivo;

e) Melhoria das condições de assistência sanitária às populações e gado.

Do surto de desenvolvimento que já se nota na pecuária do Sul de Angola, provocado pelo estabelecimento de 550 pontos de abastecimento de água, bem como da nítida tendência das populações à sua fixação nas proximidades

daqueles pontos de água, e dos numerosos pedidos de trabalhos idênticos em outras regiões da província, verificados nos últimos anos, conclui-se que a evolução das situações no que respeita ao aproveitamento dos recursos aquíferos será dominada por um grande e progressivo aumento de so licitações neste sector, quer nas regiões já beneficiadas, quer noutras.

1.1.2. Fomento mineiro A produção das indústrias extractivas evoluiu rio período de 1960 a 1965 como se apresenta no quadro seguinte:

Valor bruto da produção mineira

Nota. - Além dos combuíatíveis derivados do petróleo bruto, os produtos consumidos no mercado interno são as substâncias betuminosas (parti pavimentação), os mármores e granitos (para construção e ornamentação), o gesso (para. a indústria química, cimentos e construção), outros produtos de pedreiras (para construção e obras públicas), o sal comum e ainda, em muito pequena escala, caulino, feldspato e quartzo (para indústria cerâmica e vidreira).

Verifica-se que de 1962 a 1964 o valor global das exportações mostrou-se oscilante, muito embora o volume tenha registado aumentos crescentes, provocados essencialmente pelos minérios de ferro, diamantes e petróleo em bruto. Em 1965, os produtos mineiros registaram, em relação a 1964, uma baixa de 637 295 t e 18 344 contos; à excepção dos diamantes e dos minérios de cobre, praticamente todos os outros apresentaram quebras sensíveis.

Em 1964, da produção mineira angolana, apenas 27 por cento em peso e 13,9 por cento em valor se destinaram ao consumo interno (na sua maioria produtos derivados

dos petróleos, que, só por si, constituíram cerca de 26,8 por cento em peso e 13,7 por cento em valor).

Em 1965, a percentagem da produção mineira consumida no mercado interno foi de:

38 por cento em peso e 20,9 por cento em valor, para os combustíveis derivados do petróleo;

2.5 por cento em peso R 0,1 por cento em valor, para outros produtos minerais;

40,5 por cento em peso e 21 por cento em valor, para a totalidade dos produtos minerais.

As actuais actividades mineiras em Angola distribuem-se por seis regiões.