toneladas/ano. Espera-se que toda a produção se destine à exportação. O financiamento será feito normalmente por empréstimo externo.

Região mineira de Cabinda (projecto Cabinda) Estes jazigos de sais de potássio referem-se como possivelmente susceptíveis de exploração económica., pelo seu teor, continuidade e localização em profundidade. Espora-se, no entanto, que com a execução de mais algumas sondagens só consiga definir melhor a extensão dos jazigos e avaliar as reservas existentes, bem como as características dos mesmos jazigos. Calcula a Cabinda Gulf Oil Cornpany que poderá vir a ser necessário investir cerca de 12 000 000 de contos para se realizar a exploração destes jazigos, com uma capacidade anual de 1 000 000 t de concentrados de cloreto de potássio.

A produção anual, do 1 000 000 t de concentrados do cloreto de potássio corresponde a cerca de 500 000 contos por ano.

Será necessário montar infra-estruturas de transporte ferroviário e um porto de mar para carregar estes concentrados, cujos custos estão incluídos no investimento previsto. A mão-de-obra, seva de 300 unidades. A totalidade da produção destina-se à exportação. O financiamento será externo.

Região mineira de Cabinda (projecto fosfatos) Os principais jazigos de fosfatos sedimentares já estudados encontram-se, um, junto da fronteira com a República do Congo (Kinshasa) e, outro, junto da fronteira com a República do Congo (Brazzaville). A sua exploração mineira será relativamente fácil e barata, mas o transporte será mais dispendioso, exigindo a montagem de uma infra-estrutura de transporte ferroviário e a construção de um porto de mar adequado ao transporte e carregamento de, pelo menos, 1 000 000 t por ano.

O valor F. O. B. da produção anual de 1 000 000 t será de cerca de 3 000 000 de contos. Toda a produção deverá ser destinada à exportação. O financiamento será externo.

Região mineira de Ambrizete-Quinzau (projecto fosfatos) A exploração mineira destes jazigos de fosfatos sedimentares será relativamente fácil e pouco dispendiosa, mas os encargos com o transporte e carregamento em navios terão de ser elevados. Exigem a montagem de uma infra-estrutura de transporte dos concentrados desde a mina até ao navio, provavelmente mais dispendiosa que no caso de Cabinda, embora não haja estudos feitos.

Por isso, apenas a título comparativo, se estima o investimento num valor superior em 50 por cento do valor do investimento equivalente do empreendimento de Cabinda, também para 1 000 000 t por ano. Apenas 50 por cento da produção serão destinados à exportação.

A fonte de financiamento seria externa.

2.1. Evolução recente, situação actual e perspectivas A produção industrial de Angola caracterizou-se, a partir de 1960, por um rápido crescimento, traduzido pela duplicação do valor bruto da produção no sexénio

de 1960-1965, mesmo sem abranger actividades importantes, como serralharia, serração de madeiras, extracção de óleo de palma, panificação e cerâmica.

O capital investido em 1960 era de 2 430 000 contos, tendo subido em 1965 para 3-894 000 contos, ou seja mais 60 por cento. Esse acréscimo diz respeito, principalmente, às indústrias alimentares, dos derivados do petróleo e carvão, de bebidas e de madeiras.

O valor acrescentado das indústrias transformadoras foi estimado, a partir de indicadores, entre 1,3 e 1,7 milhões de contos. Uma análise dos valores de exportação das indústrias transformadoras a partir de 1962 mostra que os maiores contributos provieram, justamente, das indústrias Já alimentação e das indústrias químicas. Nas indústrias têxteis também aparecem valores elevados, atribuíveis à exportação de sisal; assim, o maior contributo provém do sector agrícola.

A ligeira quebra registada em 1965 no total das exportações deve-se ao sisal, pois nos outros sectores houve um nítido acréscimo, que não foi maior em resultado do aumento do consumo interno (açúcar, óleos alimentares e algodão em rama). No que respeita ao emprego, verifica-se no sexénio um acréscimo da população activa da ordem das 12 900 pessoas, o que equivale a uma expansão anual de aproximadamente, 1,7 por cento.

Observando a evolução seguida, desde 1956, do número de estabelecimentos industriais, do pessoal utilizado e do capital investido, verifica-se que em dez anos o número de estabelecimentos industriais quase duplicou, enquanto o capital investido aumentou mais do dobro. O pessoal empregado aumentou de 62,5 por cento.

Evolução na montagem de estabelecimentos industriais