Estas centrais serão objecto de considerações que oportunamente se apresentarão.
Comparticipação das fontes de energia e consumo total
Nesta zona a distribuição é constituída pela rede suburbana, a 15 kV, para Cucuaco, Belas e Viana; pelas linhas Cambambe-Dondo, também a 15 kV, e pela rede de grande e pequena distribuição da cidade de Luanda.
Na área da H. E. A. C. o transporte de energia está assegurado pelas linhas Biópio-Catumbela, a 60 kV, e Biópio-Lomarim-Alto Catumbela e Alto Catumbela-Nova Lisboa, a 150 kV.
A rede de distribuição compõe-se das linhas iniciais, a 20 kV, ligando a subestação de Catumbela a Lobito e Benguela, às quais se juntaram mais recentemente duas outras, a 30 k V; e da linha Benguela-Baía Farta, também a 30 kV, isto além das redes de distribuição existentes nas cidades antes mencionadas.
Na zona Moçâmedes-Sá da Bandeira-Cunene o transporte utiliza as linhas Matala-Sá da Bandeira (150 kV) e Sá da Bandeira-Moçâmedes (60 kV).
É ainda de referir a rede de grande distribuição, a 15 kV, que se estende por todo o planalto de Humpata-Chibia-Tchivinguiro e povoações daquela área, estando já concluída a ligação ao posto do Caraculo.
A regularização dos caudais do Cunene, a montante de Matala, apresenta-se como empreendimento urgentemente necessário por ser já insuficiente a energia que, nas condições actuais, é possível produzir.
Os distritos menos electrificados são os do Bié, Benguela, Huambo e Cuando Cubango e os que têm mais povoações servidas são os do Uíge, Zaire, Cuanza Norte, Cabinda e Luanda.
O meio rural, dada a grande dispersão dos seus centros populacionais, apresenta grandes dificuldades ao abastecimento em energia e pode dizer-se que, praticamente, não está electrificado.
Um caso, no entanto, é de referir: o de um abastecimento na região da Humpata, através de uma rede a 15 kV e com cerca de 60 km de extensão que serve Chi-
bia, Palanca, Humpata e sua estação agrícola, Caholo, Escola Agro-Pecuária do Tchivinguiro, Huíla e Jamba.
Apesar disso, com base em valores fornecidos pela Sonefe, quanto à região de Luanda, tomando em consideração o próximo estabelecimento da indústria do alumínio e admitindo uma taxa constante de crescimento, de 13 por cento para a zona de Lobito-Benguela e de 15 por cento para as restantes, foi possível estabelecer a seguinte projecção da evolução do consumo de energia eléctrica:
Previsão do consumo de energia eléctrica
Observação. - Os valores de 1964 e 1965 são reais, tendo as taxas de crescimento referidas no texto tomado 1965 por ano de partida.
Este quadro deverá ser naturalmente encarado com as devidas reservas, importando que a evolução real seja seguida por forma a evitar desajustamento entre a produção e as necessidades impostas pelo desenvolvimento económico que se visa atingir.
Estes elementos obrigam apenas a um investimento inicial pequeno, têm bom rendimento e são de fácil manutenção.
No entanto, a sua utilização é quase sempre prejudicada pela deficiente conservação que lhe dispensam as entidades exploradoras - facto que justificará a criação de um serviço especial de assistência, cuja acção deverá estender-se a toda a província.
Tal serviço, forçoso é que seja acompanhado por actuação conveniente nos campos da preparação e recrutamento do pessoal técnico necessário.